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Prospecção de compostos químicos para geração de produtos inovadores para a indústria

Embrapa Agroenergia têm experiência na valorização de resíduos ou subprodutos de baixo valor agregado


Embrapa Agroenergia têm experiência na valorização de resíduos ou subprodutos de baixo valor agregado

Resolver demandas do setor industrial utilizando processos bioquímicos é um dos objetivos da Unidade EMBRAPII - Embrapa Agroenergia. Uma das ferramentas analíticas que possibilitam atender tal demanda é a espectrometria de massas. Com esta técnica é possível identificar quais compostos químicos estão presentes em resíduos biológicos e matérias-primas para visando o desenvolvimento de novos produtos ou melhorar algum processo já existente.

A pesquisadora do Laboratório de Química de Biomassa e Biocombustíveis - LQB da Embrapa Agroenergia, Patrícia Abdelnur, explica que matérias-primas utilizadas pelas indústrias podem ser analisadas por meio dessa técnica. "É possível prospectar uma ampla variedade de compostos químicos em uma única amostra e com isso abre-se um leque de oportunidades para a empresa interessada" argumenta.

Patrícia Abdelnur exemplifica algumas das ações de pesquisas que podem ser realizadas: "As usinas que produzem biodiesel têm como subproduto a glicerina. É possível inserir um coquetel enzimático ou microrganismos para processar essa matéria-prima e, então,  identificar os compostos químicos produzidos com interesse comercial, sendo possível, gerar agregar valor a este coproduto da cadeia de biodiesel".

Uma pesquisa em andamento na Embrapa Agroenergia, coordenada pela pesquisadora, é referente à produção de etanol de segunda geração (2G). No processo de degradação de matérias-primas lignocelulósicas são gerados dois açúcares, a glicose e a xilose. Porém este segundo açúcar não é transformado em etanol de forma eficiente pelas leveduras tradicionalmente usadas na indústria ou nas usinas para produção de etanol de primeira geração. A espectrometria de massas permite aos cientistas identificar os pontos falhos no caminho metabólico destas leveduras, fornecendo dados essenciais para o seu melhoramento por meio da engenharia genética. Com isso, é possível "engenheirar" leveduras que sejam capazes de converter a xilose a etanol, e com isso aumentar a produção deste produto utilizando a mesma quantidade de biomassa.

A Embrapa Agroenergia têm experiência na valorização de resíduos ou subprodutos de baixo valor agregado sem clara destinação mercadológica. Patrícia ressalta que devido à estrutura laboratorial, com equipamentos modernos, a abordagem prospectiva é ampla e não depende de um alvo, ou um composto químico, definido previamente, ou seja, é realizado uma abordagem "untargeted" ou não direcionada.

Parceria

O pesquisador coordenador da Unidade Embrapii – Embrapa Agroenergia, Bruno Brasil ressalta que normalmente uma empresa precisa investir muito dinheiro para ter a estrutura e a equipe adequada para desenvolver pesquisas desse tipo. Assim, a parceria  com a Embrapa Agroenergia, por meio da sua Unidade EMBRAPII é vantajosa, uma vez que o centro já possui estrutura física de ponta e um quadro técnico altamente qualificado. Além disso, a EMBRAPII disponibiliza até um terço do montante dos recursos para execução do projeto. A Embrapa Agroenergia colabora com mais um terço, na forma de infraestrutura e mão-de-obra qualificada, e a empresa interessada entra com no mínimo um terço restante. Tudo isso em caráter de fluxo contínuo, sem a necessidade de abertura de edital específico.Outro beneficio é a flexibilidade, destaca Patrícia Abdelnur. Assim, pode ser contratado um projeto curto, médio ou longo (até cinco anos).

Para realizar as pesquisas, o quadro técnico da Embrapa Agroenergia é formado por 93 empregados, sendo que integram esta equipe, 40 doutores e 20 mestres dedicados aos trabalhos de PD&I. O restante da equipe garante apoio para que todos os processos estejam alinhados para a realização das atividades necessárias nas diferentes etapas do processo de desenvolvimento tecnológico. A estrutura da Unidade para execução das pesquisas é composta por quatro laboratórios uma área de plantas piloto e um núcleo de apoio a culturas energéticas. Saiba mais no folder institucional.

Mais informações a respeito dos trabalhos desenvolvidos pela Embrapa Agroenergia acesse o nosso portal. E, para pesquisas em parceria com a Embrapii veja o folder "Bioquímica de renováveis – microrganismos e enzimas".

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