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Protecionismo prejudica comércio

Agregar valor, é um conceito econômico do século 19 que significava ‘industrializar


Como explica o assessor econômico da Fiemt, Carlos Vítor Timo Ribeiro, em princípio o fato de o Estado exportar milhões de toneladas de soja em grão não é um dado para se comemorar, já estamos vendendo produto in natura, sem qualquer transformação que possa agregar valor à matéria-prima. “Mas, temos de fornecer aquilo que o mercado quer, afinal, é o mercado consumidor, e no nosso caso leia-se chineses, quem dita as regras. Entretanto temos um diferencial, o grão de soja, mesmo comercializado nesta forma, tem embutido dentro de si valor agregado, pois foi produzido por meio da mais alta tecnologia existente para a cultura. A sojicultura estadual é altamente tecnificada, e isso, embute qualidade à soja de Mato Grosso. Agregar valor, é um conceito econômico do século 19 que significava ‘industrializar’. Mas agora, no século 21, ganha outros significados, como esse que Mato Grosso revela ao mundo”.

Para o diretor-executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), Marcelo Duarte Monteiro, o melhor significado do termo “agregar valor” está além da transformação da soja em farelo ou óleo, e sim transformar o grão em carne, ou seja, utilizando a soja como alimento para aves e suínos. “Como o mercado internacional é altamente protecionista, e de difícil acesso para a penetração das carnes, acaba sendo mais fácil, conquistar mercados por meio da venda do grão e não da carne. Esperamos que negociações como a Rodada de Doha contabilizem avanços, pois para além das cifras negociadas pelos países, está em jogo a preocupação ambiental. Quantos navios com soja são necessários para resultar no mesmo valor que um navio com carnes pode render? Isso implica em redução também sobre a emissão de carbono. E esse equilíbrio tem de ser pactuado por todos e não ficarmos nós, aqui, com o ônus do protecionismo das grandes nações”.

JUNHO - A pauta estadual fechou junho com vendas de US$ 1,02 bilhão, 32,08% acima do volume obtido em junho de 2008, que somou US$ 773,72 milhões. O semestre fecha com saldo de US$ 4,6 bilhões, cifras 20,7% superiores ao primeiro semestre de 2008. Mato Grosso mantém a sexta posição do ranking nacional conquistada em maio, porém, depois de desbancar o Pará, se aproximou em junho do 5º colocado, o Rio de Janeiro, que exportou 6,8% do total nacional, enquanto o Estado registrou 6,6%. (MP)

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