PSA continua sendo maior ameaça aos suínos, diz Rabobank

De acordo com o Rabobank, a Peste Suína Africana (PSA) continua sendo a maior ameaça à suinocultura mundial, embora os efeitos da pandemia global do Covid-19 adicionem mais complicações ao setor. Por esse motivo, o Rabobank defende a aplicação de medidas de biossegurança, como principal arma de defesa do setor, uma vez que a comercialização de uma vacina eficaz contra a PSA não é esperada em 2020. 

O Rabobank indica que, embora a recuperação do rebanho esteja em andamento na China e progredindo mais rapidamente do que o esperado, uma queda significativa na produção de carne de porco é esperada em 2020. Antes da pandemia do COVID-19, o Rabobank estava confiante de que em 2020 a produção de suínos aumentaria na América do Norte, Brasil e partes da Europa. 

No entanto, as perspectivas foram diminuídas pelo impacto do Covid-19 e que podem acarretar em "limitações em todos os principais países produtores", indica. O Rabobank também destaca que o Covid-19 afetará o consumo de carne suína, “principalmente por meio da redução das operações do canal de food service. A redução no consumo, em nossa opinião, não compensará a redução na produção, resultando em mercados de carne suína relativamente restritos”, completa. 

De acordo com Justin Sherrard, estrategista de proteína animal da RaboResearch, "as principais incertezas que vemos nos mercados globais de carne suína, associadas à PSA e influenciadas pelo Covid-19, são a perda de produção associada ao fechamento de fábricas de processamento e a desaceleração das operações; o potencial de tensões geopolíticas contínuas entre os Estados Unidos e a China pode afetar o comércio de carne suína; e o risco de um surto de PSA em um importante país produtor da Europa, como a Alemanha”.