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Publicação aborda cultivares de café resistentes à ferrugem

Doença foi detectada na década de 70 no Brasil


Foto: Eliza Maliszewski

O Brasil lidera a produção mundial de café há quase dois séculos, e um dos principais fatores responsáveis por esse protagonismo dos Cafés do Brasil tem sido a utilização de cultivares com alto potencial produtivo e adaptadas às distintas condições de solo e clima das regiões cafeeiras do País. Tais cultivares foram resultado do contínuo e profícuo trabalho de melhoramento genético do cafeeiro iniciado em 1932 pelo Instituto Agronômico (IAC). A priori, o melhoramento genético do café buscava aumento da produtividade, redução do porte das plantas, além do aumento do número de plantas por área cultivada, assim como a adequação do cafeeiro às diversas variações climáticas das áreas de cultivo.

Contudo, a partir da constatação da ferrugem do cafeeiro no Brasil, por volta de janeiro de 1970, outras instituições brasileiras de pesquisa, como a Universidade Federal de Viçosa (UFV), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Universidade Federal de Lavras (Ufla), Embrapa Café, Fundação Procafé, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (Iapar) e Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) passaram a desenvolver seus próprios programas de melhoramento genético do cafeeiro, o que culminou com o lançamento de inúmeras cultivares com vários atributos positivos, além de resistência a pragas e doenças. Assim, o intenso trabalho das equipes de pesquisadores e técnicos nesse período culminou com o desenvolvimento de diversas cultivares de café arábica, muitas delas com resistência genética à ferrugem, principal problema fitossanitário do cultivo dos Cafés do Brasil.

Assim, uma das melhores estratégias para mitigar esse problema é a utilização de cultivares resistentes para o controle da ferrugem, pois elas minimizam o uso de defensivos agrícolas, o que reduz custos de produção e riscos de contaminação do meio ambiente e, obviamente, proporcionam cultivos com vieses de sustentabilidade em todos seus aspectos. Além dessas vantagens, vale também ressaltar que as cultivares de café arábica resistentes à ferrugem têm apresentado algumas características iguais ou superiores às cultivares tradicionalmente plantadas, como potencial produtivo, qualidade superior de bebida, além de outras vantagens agronômicas.

Enfim, com esses propósitos principais é que a Embrapa Café, na coordenação do Consórcio Pesquisa Café, está lançando sua décima quinta publicação da série Embrapa Documentos intitulada “Cultivares de café resistentes à ferrugem: alternativa viável para a cafeicultura das Matas de Minas”. Tal publicação é de autoria dos seguintes pesquisadores: Antonio Carlos Baião de Oliveira, Antonio Alves Pereira, Eveline Teixeira Caixeta, Marcos Deon Vilela Resende e Marcelo de Freitas Ribeiro.

A publicação está disponível aqui.

* informações da Embrapa Café

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