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Qualidade e armazenamento de silagem são temas de palestras da Berimbau Agrotec

A feira segue até sábado (29) e está sendo realizada em uma plataforma digital


Foto: Divulgação

A feira “Berimbau Agrotec 2020” reuniu, na sexta (28), o veterinário Paulo Menegucci e o zootecnista Alan de Santana para debater as técnicas de conservação e armazenamento de silagem. A feira, que conta com o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), segue até sábado (29) e está sendo realizada em uma plataforma digital. O conteúdo permanecerá disponível após o encontro.

A silagem é uma forragem verde, feita de milho, sorgo ou capim, destinada a alimentação animal. É conservada por meio de um processo de fermentação e armazenada em depósitos, os chamados silos.

Durante o debate, moderado pelo sócio da Berimbau Eventos, Saulo Campos, o veterinário Paulo Menegucci falou sobre o processo de conservação da forragem. “Para ocorrer a fermentação da forragem, é fundamental que o alimento tenha teor de açúcares em quantidade adequada. Também é importante garantir a ausência de oxigênio dentro dessa massa para que o processo de conservação aconteça”.

Menegucci explicou que a melhor forma para saber o momento ideal de colheita é determinar o teor de matéria seca ou teor de umidade. “O milho para forragem é usado em 80% das propriedades no Brasil. Então quando for colher, o produtor precisa saber o acúmulo de nutriente do amido, pois há uma correlação entre o teor de umidade da planta e a presença do amido”.

O veterinário disse ainda que para que o material seja bem aproveitado, é preciso quebrar o grão em várias partes possíveis. “O processamento do grão é fundamental para aumentar a produção e o aproveitamento dos nutrientes”.

Já o zootecnista Alan de Santana fez uma apresentação sobre como minimizar perdas de silagem durante o armazenamento. “Para confeccionar a silagem é preciso compactar e esse processo de compactação é indispensável para expulsar o oxigênio, que é o principal fator de deterioração da silagem”.

O especialista afirmou que o silo deve ter um sistema efetivo de vedação para que o oxigênio não retorne para a silagem. “Se ele voltar, fungos e microrganismos podem se multiplicar e consumir a qualidade do material”.

Segundo Santana, a qualidade do plástico utilizado para vedar a silagem é um dos motivos de perdas do alimento. “Existem outras opções como pneus cortados e silobags, que impedem que o oxigênio retorne para dentro do silo. São materiais mais higiênicos e fáceis de manipular”.

Por fim, ele destacou: “para evitar perdas no armazenamento, o produtor deve colher no ponto certo, compactar muito bem e usar um bom sistema de vedação. Mas, se durante o desabastecimento, a silagem for retirada de forma inadequada, as perdas irão ocorrer”. Assista o debate na íntegra.

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