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Quarto ano de incentivo à pesquisa

Para Sávio, a troca de experiências no exterior foi fundamental para o sucesso da pesquisa


Monsanto oferece bolsa global para estudos com arroz e trigo; pesquisador brasileiro da ESALQ-USP, contemplado na última edição, está na Europa e passará pelos EUA para concluir o projeto

O pesquisador brasileiro Felipe Luis Sávio, aluno do doutorado do programa de pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas na ESALQ-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo), deu um importante passo para o encaminhamento de seu estudo sobre a seca nas lavouras de arroz. Intitulado “Mapeamento associativo e desenvolvimento de marcadores funcionais para tolerância ao estresse hídrico”, a pesquisa começou na ESALQ-USP e agora segue nos laboratórios da Universidade de Aberdeen, na Escócia, onde Sávio está estudando o sistema radicular do arroz sob condições de estresse hídrico.

O intercâmbio é possível porque o cientista foi um dos selecionados, em 2010, na 3ª edição do Programa Beachell-Borlaug International Scholars, idealizado pela Monsanto em parceria com a Texas AgriLife Research, órgão vinculado à Universidade do Texas. “O programa permitiu uma valiosa troca de experiências no exterior e deu robustez à pesquisa, sempre visando o uso do conhecimento acadêmico no dia a dia profissional e no incremento da produção mundial de alimentos”, conta Sávio.

Assim como Sávio, cientistas brasileiros, melhoristas e estudantes universitários que desenvolvam pesquisas sobre arroz e trigo também podem participar do Beachell-Borlaug. As inscrições para a 4ª edição estão abertas e a submissão dos trabalhos precisa ser feita até 1º de fevereiro de 2012, pelo site www.monsanto.com/mbbischolars. Por meio do programa, a Monsanto destinará US$ 10 milhões até 2013 a novas pesquisas científicas que envolvam trigo e arroz, duas das mais importantes culturas básicas do mundo. “Temos que desenvolver formas de aumentar a produção agrícola por hectare se quisermos fazer o uso adequado da terra e a correta preservação da biodiversidade. Esse é um dos grandes objetivos do Programa Beachell-Bourlag”, afirma Edward Runge, diretor do programa e professor-doutor da Universidade do Texas A&M. Até esta edição, já foram contemplados com bolsas de estudos 38 projetos, (23 para trigo e 15 para arroz) de 19 países.

Perspectivas otimistas

Além da Escócia, Felipe Luis Sávio também passará, em 2012, uma temporada na Universidade de Cornell, nos EUA, para trabalhar na etapa de genotipagem de alto desempenho com o uso de avançadas tecnologias desenvolvidas na instituição. O término da pesquisa está planejado para acontecer em 2014, quando o brasileiro publicará a tese.

“Participar do Beachell-Borlaug foi fundamental para a sequência e a robustez do trabalho. Trata-se de um importante incentivo para que pesquisadores submetam projetos e tenham ganhos reais e aplicáveis em seus estudos”, lembra o cientista brasileiro, que também participou do World Food Prize – prêmio criado por Norman Borlaug na década de 1970 para reconhecer as pessoas que contribuem para melhorar a qualidade, quantidade ou acesso aos alimentos no mundo.

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