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Quebra americana favorece produtores brasileiros de milho

Relatório dos EUA apontou estoque abaixo da estimativa


Relatório dos EUA apontou estoque abaixo da estimativa
 
A queda nos estoques produtivos de milho dos Estados Unidos abriu espaço para as exportações nacionais. O espaço no mercado que pode ser conquistado por produtores brasileiros pode desafogar os estoques do país, considerando as produções recordes contabilizada principalmente em Mato Grosso.

A análise do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) é que a regressão da maior potência produtiva de milho, os Estados Unidos, está ameaçada a ter produto o suficiente somente para o consumo e manutenção dos estoques internos, deixando uma abertura no mercado de exportação para outros grandes produtores.

O reflexo do espaço vago ocupado pelos EUA no mercado exportador foi a evolução da exportação nacional, que atingiu 2,7 milhões de toneladas em agosto. Segundo os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), Mato Grosso foi responsável por 47% das exportações brasileiras, ou seja, 1,34 milhão de toneladas.

A estimativa é que o volume estocado americano seja de 24 milhões de toneladas, ante aos 30 milhões previstos inicialmente. Com esta situação, diferentemente do que ocorre no Brasil, o preço do milho no mercado internacional subiu e no interno regrediu. "As empresas do mercado interno estão tentando segurar o preço do grão", explica o analista do Imea, Cleber Noronha.

A média do preço da saca de milho no Estado foi de R$ 19,10, o menor valor desde junho e 11,5% menor que o mês anterior. Segundo ele, os preços em Mato Grosso estão oscilando bastante por falta de negócio fechados. "Isso porque produtor e comprador não estão conseguindo chegar num fator comum".

Participação - Verifica-se que Mato Grosso obteve desempenho muito superior aos demais estados brasileiros, pois o Paraná, que é o segundo maior exportador do país, em agosto, participou com 19% do volume de vendas externas brasileiras, exportando 524 milhões de toneladas. Goiás contribuiu com 16% das exportações brasileiras, que correspondem a 464 milhões de toneladas. Mato Grosso do Sul representou 7% do total exportado, e São Paulo, por sua vez, é pouco expressivo nas exportações do período, concentrando apenas 3%, e outros Estados registraram participação de 8% no volume total exportado.

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