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Quebra de safra de feijão no RS garante maior preço de comercialização

Número da área plantada da leguminosa diminuiu em comparativo ao anterior


Número da área plantada da leguminosa diminuiu em comparativo ao anterior
 
Devido à estiagem que assolou o Rio Grande do Sul no final do ano passado e início deste, provocou uma quebra na safra de feijão. O Estado, ao lado do Paraná e São Paulo, é um dos maiores produtores de feijão preto do país.
O feijão, cujo nome científico é Phaseolus vulgaris é da família das leguminosas cuja origem se deu na América do Sul e Central, e produzida anualmente que pode atingir até 60 cm de altura, ou possuir hábito de trepadeira, atingindo assim 3 m de extensão. O fruto é uma vagem de comprimento variável, de 10 a 20 cm, reta ou curvada, contendo numerosas sementes de cor e formato de acordo com a variedade.

O feijão é o alimento "típico" do prato do brasileiro e é responsável pela maior parte das proteínas que ingerimos. Apesar de sua importância, a produção não tem acompanhado o consumo e nem a produtividade tem aumentado de modo significativo, estando longe da alcançada pelos produtos chamados de exportação.

O plantio do feijão preto, produzido na região do Planalto Médio, onde se localizam as cidades de Carazinho e Passo Fundo, é tradicionalmente realizado no mês de setembro, sendo cultivado e colhido no mês de janeiro, possuindo cerca de 90 dias de produção. Esta chamada de primeira safra, onde um número maior de leguminosas é cultivado e colhido, cuja distribuição acontece ao longo do ano, pois se trata de um grão durável.
A safrinha inicia logo após o plantio, nos meses de janeiro e fevereiro. A segunda safra é colhida nos meses de maio, portanto atualmente está sendo comercializado. Segundo a Emater/RS-Ascar regional de Passo Fundo, aproximadamente 70% do feijão produzido no Estado já foi vendido, restando cerca de 30% para ser comercializado no restante do ano.

O preço de comercialização da safra do ano passado aumentou neste ano, devido a quebra de safra causada pela estiagem nos meses próximos da colheita do feijão. Consequente a diminuição da produção dos estados do Rio Grande do Sul e Paraná, refletiu numa menor oferta da leguminosa, fazendo o preço oscilar, sempre para mais que em 2011.

“Por razão da estiagem, os preços tiveram uma grande alta, subiram significativamente quando começou a escassez quando começou a faltar feijão no mercado. Registramos em março que o preço da saca de 60kg de feijão custava R$82,50, considerado um preço normal, porém alto ainda em relação ao ano passado. Hoje o preço está em R$93”, explica o Analista da Safras & Mercado, Renan Magro Gomes.

De acordo com Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura mostram crescimento no consumo de feijão pelos brasileiros, cerca de 1,22% ao ano, no período 2009/2010 a 2019/2020, passando de 3,7 milhões de toneladas para 4,31 milhões de toneladas. Porém independente do aumento do consumo as áreas cultivadas.

“Neste ano o RS produziu em 59,5mil hectares - 65,3mil toneladas. Houve uma redução das áreas plantadas de 14%”, declara o analista acrescentando que se notou uma redução de produção de 31%, caindo a produtividade de 1365kg/h colhidos anteriormente, para 1097kg/h, hoje.

As projeções indicam também a possibilidade de importação de feijão nos próximos anos pelos maiores mercado compradores de feijão preto, que estão localizados no centro do país, como em Brasília, São Paulo, Minas Gerais.

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