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Queda dos prêmios no Brasil não deveria frear vendas

Especialista alista pelo menos três fortes motivos


Informações de mercado indicaram que houve baixa nos prêmios pagos pela soja no Brasil. De 165 cents/bushel na quarta-feira da semana passada (04.04) subiu para 170 na quinta, caiu para 150 na sexta, 120 na segunda (e terça) e desceu ainda mais para 115 nesta última quarta-feira (11.04). “Por conta disto, também reduziu a atividade de negócios”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.

Na visão do analista Luiz Fernando Pacheco, esta queda nos prêmios, que passaram de 170 para 115 cents/bushel acima de Chicago para a soja brasileira “não deveria frear as vendas de soja em grão pelos produtores brasileiros”. O especialista alista pelo menos três fortes motivos para manter a comercialização.
 
O primeiro é que a queda dos prêmios está sendo parcialmente compensada pela alta das cotações de Chicago. Isso porque esses prêmios representam, entre outros motivos, a diferença entre a cotação de Chicago e o preço de demanda em cada porto. 

Outra razão, segundo ele, é que se “juntarmos o prêmio atual com o preço de fechamento de Chicago ainda teremos preços excelentes para a soja brasileira, permitindo lucros entre 10% e 50% para os produtores”. 

Por fim, Pacheco diz que, a partir desta quarta aumentou a possibilidade de entendimento entre EUA e China, o que, em tese, deverá fazer as cotações de Chicago caírem, assim como os prêmios. O relatório do USDA mostrou que o aumento de soja brasileira (2MT) não compensou a quebra da soja argentina (17MT), fortalecendo a ideia de que a China não pode prescindir da soja americana, devendo continuar a comprar normalmente.

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