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Queda nos juros do FCO agrada ao setor agropecuário

A queda nas taxas dos juros do FCO é específica para aplicação em investimentos


A notícia da redução das taxas de juros para financiamentos por meio do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) animou os produtores do Mato Grosso do Sul, porém a queixa é de que a burocracia cria um gargalo na liberação dos recursos e muitos acabam desistindo do projeto. A queda nas taxas dos juros do FCO é específica para aplicação em investimentos e acaba reduzindo também os custos de produção.

Os números repassados pelo gerente negocial do Mercado de Agronegócios do Banco do Brasil, José Luiz dos Reis, relativos às operações do FCO existentes, somam cerca de R$ 5,7 bilhões em Mato Grosso do Sul, considerando os valores emprestados aos produtores (R$ 4 bilhões) e ao setor empresarial (R$ 1,7 bilhão).

Segundo Reis, esta redução das taxas de juros contempla não só os novos financiamentos a partir de janeiro de 2007, como os empréstimos contratados até dezembro de 2006 e que ainda estejam em vigor no início de 2007. O produtor não precisará ir até o banco para obter a redução. O banco se encarregará de elaborar um aditivo para cada financiamento e futuramente entrará em contato com o produtor para que o documento seja assinado. Reis alerta que os financiamentos do Pronaf e reforma agrária não estão contemplados nesta redução de juros.

A dotação para a região Centro-Oeste para 2006 ficou em R$ 2,2 bilhões. Mato Grosso do Sul já utilizou R$ 459 milhões. A previsão do Governo federal é triplicar o valor que foi emprestado até agora, de R$ 3,8 bilhões, e para 2007 este valor passará para R$ 9,2 bilhões. Mesmo com maior disponibilidade de recursos, o volume de financiamentos não deverá crescer significativamente no Estado.

Ajuda:

Já os produtores receberam a notícia da redução das taxas de juros como uma ajuda que vai contribuir indiretamente na redução dos custos de produção. De acordo com o presidente da Aprossul, Carmélio Roos, tudo que vem para diminuir o custo do dinheiro é bem-vindo. A redução dos juros para financiamento também vai contribuir, segundo Carmélio, para que o produtor tenha lucro, pois a previsão para este ano é de que o custo de produção e o valor de venda do produto vão empatar.

Taxas:

A publicação no Diário Oficial da União prevê as taxas de juros para os financiamentos rurais e não-rurais. Os pequenos produtores que hoje pagam taxas de juros de 6% passarão para 5%; já os pequenos e médios, de 8,75% para 7,25% e os grandes produtores, de 10,75% para 9%. Já os financiamentos para o setor empresarial ficam assim estipulados: os microempresários terão os juros reduzidos de 8,75% para 7,25%; os pequenos, de 10% para 8,25%; os médios empresários, de 12% para 10%, e os grandes, de 14% para 11,5%.

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