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Quênia pode influenciar OGMs na África

"O presidente Kenyatta está priorizando a segurança alimentar, habitação acessível, saúde universal e manufatura"


Por quase 20 anos, o Quênia tentou adotar as variedades de culturas de melhor rendimento e tolerantes às doenças e à seca criadas por engenharia genética. Mas, assim como o restante do continente, o país fez pouco progresso tangível na obtenção dessas culturas melhoradas para seus agricultores. 

No entanto, como o Quênia é a maior economia da África Oriental, o país adotou recentemente uma perspectiva liberal em relação à biotecnologia. Isso, segundo especialistas, aumenta as chances de que em breve ele se mova para oficialmente comercializar transgênicos, uma ação que poderia levar as nações vizinhas a seguir rapidamente o exemplo. 

"Por muitos anos ouvimos muitas vozes (a favor e contra a biotecnologia), que nos atrapalharam na busca e no desenvolvimento de variedades Bt pelos nossos cientistas", disse o Dr. Richard Oduor, conferencista sênior e chefe do laboratório de transformação de plantas do Departamento de Bioquímica da Universidade Kenyatta. 

Nesse contexto, o aumento no apoio à biotecnologia no Quênia é em parte criação do presidente Uhuru Kenyatta, que considera particularmente a liberação e a produção comercial de algodão Bt como essencial para o renascimento da indústria têxtil do país, que atingiu o pico há mais de 40 anos. "O presidente Kenyatta está priorizando a segurança alimentar, habitação acessível, saúde universal e manufatura", afirma. "Ele vê a biotecnologia agrícola, e especificamente o cultivo de algodão Bt, como um canal que pode impulsionar a entrega de sua agenda de 'Big Four’”, completa. 

Oduor, que também preside o Consórcio de Biotecnologia da Universidade do Quênia, disse que o país agora aprecia a importância da ciência e da biotecnologia, e as pessoas em todo o país são mais receptivas à ideia de plantar culturas resistentes a doenças, secas e alguns insetos, produzindo melhor rendimentos. 

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