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Querência caminha para regularização ambiental

Por meio do projeto “Querência Mais” produtores iniciaram a recuperação de 40 mil hectares


Uma iniciativa que busca a regularização ambiental das propriedades rurais na região de Querência, nordeste de Mato Grosso, colhe ótimos resultados. Por meio do projeto ambiental “Querência Mais”, os produtores deram início, no ano passado, a recuperação de 40 mil hectares (ha) em APPs (Área de Preservação Permanente). Após nove meses, cerca de 1mil/ha já estão adequados. “Nossa meta é recuperar essas áreas num período de dez anos”, disse o presidente do sindicato rural, Darci Heemann.

Por essa e outras ações em prol da regularização ambiental, o município quer ser o primeiro do estado a deixar a lista, divulgada pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente), dos municípios com maiores índices de desmatamento na Amazônia. Na última sexta-feira (25), representantes do Sindicato Rural, Prefeitura, ISA (Instituto Socioambiental) e do Conselho de Meio Ambiente de Querência, reuniram-se com membros do MMA, em Brasília, para solicitarem a exclusão do município da lista.

Na oportunidade foi protocolado um requerimento, demonstrando o cumprimento dos critérios estabelecidos no decreto n º 6.321/2007. São eles: 80% da área cadastrável junto ao órgão ambiental responsável, a média das conversões entre os anos 2008/2009, deve equivaler a no máximo 40% da média nos anos 2004/2007, e o desmatamento de 2009 inferior a 40km². “Querência já atingiu 80,51% das áreas cadastradas junto a Sema. A média entre os anos de 2008/09 equivale a 22,95% se comparada com a média de 2004/07. Já a abertura em 2009 foi de apenas 7,2 km². Portanto, o município está credenciado a sair dessa lista. A expectativa é de que decisão seja publicada no início de abril por meio de uma Portaria.”, informou o diretor executivo do Conselho, Marcelo da Cunha.

Conforme dados de 2009, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Querência ocupa a 3ª colocação no índice de desmatamento do estado e 16ª entre os municípios na Amazônia. Entretanto, é um dos municípios mato-grossenses responsáveis pela redução de 93% em MT, no período de 2004 a 2009. Entre 2009 e 2010, segundo estimativa divulgada pelo instituo na terça-feira (29), houve uma queda de 14% no âmbito nacional, a menor taxa já registrada em 22 anos. Mato Grosso teve uma baixa de 21% nos índices. A segunda menor taxa do Brasil.

Para o presidente do Sistema Famato, Rui Prado, um dos motivos dessa queda é o aumento significativo da produtividade agropecuária, por meio das tecnologias adotadas pelo setor produtivo. Ele cita uma série histórica que mostra que a produtividade no estado cresceu desproporcionalmente nas últimas décadas. De 1984 a 2011 a área de agricultura de MT aumentou em 775%, enquanto que a produtividade em 1650%. Já a pecuária, entre 1996 e 2011, implicou em expansão de 19% das áreas, ao passo que a produtividade teve uma elevação de 93%. “O conhecimento sobre as práticas sustentáveis disseminadas ao longo dos anos foi o que evitou abertura de novas áreas. A evolução da atividade agropecuária, retratadas por meio desses números, indica o quanto a produção de Mato Grosso se desenvolve de forma sustentável”.
 
As informações são da assessoria de imprensa da Famato.

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