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Raiva herbívora ainda gera preocupação na IVZ

A onda de raiva motivou a mobilização dos criadores, que apostaram na imunização


Depois do surto de raiva herbívora em Santa Cruz do Sul e Passo do Sobrado (RS), a Inspetoria Veterinária e Zootécnica (IVZ) não tem mais recebido informações sobre ataques ou mortandade de animais nas propriedades rurais na extensão do foco. No entanto, o médico veterinário Hermann Bruchmann destaca que isso não significa que a doença foi controlada.

Segundo explica, a tranquilidade é momentânea. A onda de raiva motivou a mobilização dos criadores, que apostaram na imunização para proteger os rebanhos contra o vírus. “Com o nascimento de novos animais, a tendência é que o problema reapareça, porque muitos deixam de vacinar por achar que a situação está resolvida.”

A IVZ alerta que a preocupação com a raiva herbívora deve ser mantida, principalmente porque a furna principal dos morcegos hematófagos – responsáveis pela transmissão da enfermidade – não foi localizada. Durante o mês de setembro, especialistas da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) estiveram na região procurando possíveis refúgios, mas apenas esconderijos secundários foram localizados.

Mais de 100 pontos foram visitados em caçadas noturnas, que resultaram na captura de mais de 60 morcegos, sendo a maioria machos. A incidência indica que deve existir um esconderijo mais significativo, onde habitam as fêmeas e filhotes. “Muitos machos são expulsos por outros dominantes e se isolam em núcleos menores”, explica o veterinário. Neste sentido, o trabalho de controle aos voadores continua e precisa da colaboração dos agricultores no fornecimento de informações sobre possíveis refúgios.

Além disso, a preocupação precisa ser mantida. Devem ser imunizados animais com idade superior a 3 meses, com aplicação da segunda dose após 30 dias e, posteriormente, revacinação anual. Cada dose custa cerca de R$ 0,80. “É uma prevenção barata, porque a raiva não tem cura. Quando contaminados, os animais morrem”, finaliza.

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