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Raízes, onças, sucuris... a divulgação científica ganha espaço em revista do Pantanal

A revista, que tem a coordenação editorial da pesquisadora Alexine Keuroghlian, está na segunda edição.


A revista, que tem a coordenação editorial da pesquisadora Alexine Keuroghlian, está na segunda edição. A periodicidade é anual e ela pode ser encontrada também na internet. Na edição de 2016, vários pesquisadores da Embrapa Pantanal aproveitaram essa oportunidade para comunicar seus estudos. Há textos sobre fazendas sustentáveis, jacarés, sucuris, onças, raízes e outros temas de interesse para quem vive por aqui ou tem alguma relação com o Pantanal.
 
A coordenadora dá mais detalhes da publicação: 
 
De onde veio a ideia de criar uma revista de divulgação científica específica do Pantanal?
Alexine Keuroghlian: A WCS Brasil entende que a boa informação é essencial para a conservação da biodiversidade e da paisagem. Queremos comunicar para a sociedade, por meio de linguagem simples e acessível, o conhecimento científico adquirido sobre o Pantanal e inspirar as pessoas para a conservação dos recursos naturais e promoção do desenvolvimento sustentável da região.
 
Qual o objetivo dessa publicação?
Alexine: A revista pretende ser um canal de diálogo e aproximação entre a comunidade científica e a sociedade, ajudando na disseminação da ideia de que todos nós somos beneficiados pela diversidade e a integridade da vida na terra.
 
Como tem sido a participação dos cientistas da região?
Alexine: Os cientistas e pesquisadores da região participaram de forma intensa das duas edições da revista Ciência Pantanal. Apenas na desse ano, foram publicados 17 artigos assinados por 44 especialistas de oito instituições de pesquisa. Entre os temas estão os impactos das hidrovias, as novas regras do Código Florestal e a troca de pastagens naturais por plantadas.
 
A linguagem utilizada não é tão técnica quanto de um artigo científico/acadêmico. Que público procura atingir?
Alexine: A revista Ciência Pantanal é dirigida ao público envolvido ou interessado na defesa da fauna, da flora, da cultura e de todo o bioma pantaneiro. Escritos em linguagem acessível, os textos abordam questões práticas, como as recomendações para viabilizar a convivência com sucuris, reduzindo os riscos de ataques a humanos ou animais domésticos e protegendo as serpentes do extermínio. E também contam experiências bem sucedidas, como a observação de onças-pintadas, sem alteração da rotina dos animais selvagens. Esses são apenas alguns exemplos.
 
Onde a revista é distribuída? É gratuita ou está à venda?
Alexine: A distribuição é gratuita e a revista está disponível no link http://goo.gl/cmnVD6.
 
Vocês já lançaram duas edições. Tem algum retorno dos leitores sobre a publicação?
Alexine: Ficamos felizes em saber que a revista está sendo lida por públicos diversos, como proprietários de terra, pesquisadores, tomadores de decisões e também por estudantes. A Ciência Pantanal já chegou às escolas da região, que estão usando a publicação para falar das espécies para os alunos, além de ensiná-los a como conservar o meio ambiente que está à volta deles.

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