Produtores de leite do Rio Grande do Sul começam a receber na próxima semana pela matéria-prima fornecida em junho. Os pagamentos virão com reajuste, mas não devem refletir a projeção do Conseleite, que antevia valor de R$ 0,7161 para o litro padrão, com correção de 5,4%.
Segundo o tesoureiro da Fetag, Amauri Miotto, o mercado indica elevação de R$ 0,03, fato que confirmaria preços inferiores aos do Conseleite. "Houve reposição, mas não cobre os prejuízos com a seca, nem acompanha os aumentos ao consumidor." O pesquisador Éder Pinatti, do Instituto de Economia Agrícola, disse que a variação dos últimos meses reflete a queda na produção, devido ao recuo na demanda internacional pelo produto com o agravamento da crise no segundo semestre de 2008. Além disso, decorre da entressafra, de maio a setembro. O resultado foi que, somente em junho, o leite pasteurizado subiu 12,1%, segundo o IBGE.
O setor industrial prevê dificuldades no próximo semestre. O cenário é que parte do leite usado na produção de longa vida seja direcionado para beneficamento em pó, que enfrenta a concorrência da Argentina. Ainda há a entrada de produto do Uruguai, chama atenção o superintendente da Cosulati, Jones Raguzoni. "O cenário é muito ruim. Terá produtor recebendo R$ 0,40."
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