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Rebanho do MS cai pelo segundo ano seguido

A pecuária do Estado iniciou um ciclo de retração no efetivo bovino com diminuição consecutiva no número do rebanho


Depois de Mato Grosso do Sul liderar por quase cinco anos o ranking da pecuária nacional com o maior rebanho bovino do País, atingindo quase 25 milhões de cabeças de gado no território sul-mato-grossense em 2003; a pecuária do Estado iniciou um ciclo de retração no efetivo bovino com diminuição consecutiva no número do rebanho nos últimos dois anos (2004 e 2005), conforme dados da pesquisa Produção Pecuária Municipal, divulgada nessa segunda-feira (11-12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2003, o rebanho de MS cresceu 7,8%, em relação a 2002, e atingiu 24,9 milhões de cabeças de gado – mantendo-se líder nacional em número de bovinos – seguido pelo Estado vizinho, Mato Grosso, que naquele ano detinha 24,6 milhões de cabeças em seu território. No ano seguinte, em 2004, enquanto a pecuária de MS sofreu redução do rebanho, para 24,7 milhões de cabeças, o IBGE revela que Mato Grosso elevou o número de bovinos para 25,9 milhões de animais, ultrapassando MS e conquistando a liderança nacional em quantidade de bovinos.

No ano passado, a pecuária sul-mato-grossense sofreu o impacto dos focos de febre aftosa e mais uma vez, pelo segundo ano consecutivo, segundo o IBGE, o rebanho do Estado recuou, voltando a 24,5 milhões de cabeças, enquanto Mato Grosso ampliou seu rebanho para 26,6 milhões de animais, ou seja, superou o rebanho de MS em mais de 1 milhão de cabeças.

Rebanho nacional cresce pouco

De acordo com o IBGE, o rebanho bovino brasileiro cresceu 1,3%, em 2005, e atingiu 207,2 milhões de animais, sendo que, em 2004, havia 204,6 milhões de bovinos no País. O resultado confirma desaceleração no ritmo do crescimento do rebanho devido, segundo o IBGE, à migração da pecuária para outras atividades agrícolas, como cana-de-açúcar e soja. Ainda assim, no ano passado, o Brasil manteve sua posição de maior rebanho de bovinos do mundo, seguido por Índia e China. Para o Instituto, a descoberta de focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul, em 2005, e no Paraná, em 2006, não impactou significativamente na evolução do rebanho da pecuária nacional.

No entanto, ainda que o Centro-Oeste responda por mais de um terço (34,7%) do rebanho efetivo nacional, as regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores taxas de crescimento no rebanho de bovinos em 2005, na relação com 2004. Nestas duas regiões, segundo o IBGE, destacaram-se os crescimentos verificados no rebanho do Amapá (17,5%), Acre (12,1%), Roraima (10,5%), Pernambuco (12,0%), Alagoas (10,2%), e Maranhão (8,8%). Em contrapartida, as maiores reduções no rebanho de bovinos, na relação de 2005 com 2004, foram registradas no Distrito Federal (-10,8%), seguido por Rio Grande do Sul (-2,9%) e São Paulo (-2,5%).

O IBGE revelou ainda que entre os dez principais municípios em efetivo de bovinos, oito estão na região Centro-Oeste, sendo que o maior rebanho em um único município é encontrado em Corumbá, MS, com 1.957.141 cabeças; seguido por São Félix do Xingu, no Pará (1.581.518) e Ribas do Rio Pardo, também em MS (1.340.646).

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