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Receita bruta da citricultura cai 10,7% este ano


A receita bruta nas lavouras dos citricultores paulistas deverá alcançar R$ 2,5 bilhões em 2004, 10,7% menos que no ano passado (R$ 2,8 bilhões), conforme estimativa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Cepea/Esalq). Segundo Margarete Boteon, pesquisadora do Cepea, a queda reflete a deterioração dos preços da laranja praticados no mercado interno, em parte influenciada pelo comportamento das cotações do suco de laranja no exterior principalmente no primeiro semestre do ano. Tal deterioração envolveu tanto os contratos de longo prazo de fornecimento da fruta firmados entre citricultores e indústrias de suco quanto o chamado mercado spot.


No caso dos contratos de longo prazo - que duram, em média, de três a cinco anos -, a quantidade de acertos foi menor este ano, e os valores dos acordos fechados, mais baixos. Estima-se no mercado que os contratos firmados no fim do primeiro semestre tenham saído entre US$ 2,40 e US$ 3,30 a caixa de 40,8 quilos, ante de US$ 2,70 a US$ 3,50 na temporada anterior. Em meados do ano, foi anunciada a venda dos ativos da americana Cargill no setor para as brasileiras Cutrale e Citrosuco, numa negociação que ainda depende do sinal verde definitivo do Cade mas que em princípio resultou na concentração das exportações de suco nas mãos de quatro empresas - completam o rol Citrovita, do Grupo Votorantim, e Coinbra, do conglomerado francês Louis Dreyfus.

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