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Receita com embarques de carne deve atingir US$ 5,8 bilhões


As exportações brasileiras de carnes devem chegar a US$ 5,8 bilhões neste ano, um acréscimo de 42% em comparação aos US$ 4,08 bilhões registrados em 2003. A estimativa é de que os embarques tenham um aumento de cerca de 23%, ficando próximos a 4,2 milhões de toneladas neste ano – em 2003, foram vendidas 3,43 milhões de toneladas. Com o novo recorde, o Brasil manterá a liderança dos mercados mundiais de carne bovina, em termos de volumes, e de frango, em quantidade e faturamento.

A previsão foi feita nesta sexta-feira (10-12) pelo coordenador-geral de Apoio à Comercialização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eliezer Lopes, baseado nos números da balança comercial do agronegócio dos 11 meses de 2004. “Além da qualidade e da sanidade das carnes, da competitividade da pecuária e do marketing agressivo desenvolvido no exterior, as exportações brasileiras foram favorecidas pelos problemas sanitários ocorridos nos Estados Unidos e Canadá”, explica.

A cadeia produtiva da carne bovina foi uma das que mais se beneficiou com os casos de vaca louca registrados na América do Norte. O Brasil ampliou as vendas para a Rússia, Chile, Holanda, Egito, Itália, Alemanha, Irã, Hong Kong e Argélia. Segundo Lopes, isso ocorreu porque a Austrália e a Nova Zelândia tiveram que suprir as exportações dos EUA para o Japão e a Coréia do Sul. “Embora a nossa carne bovina não entre nesses dois países asiáticos, o deslocamento desses fornecedores nos abriu outros mercados”.

A conjuntura internacional possibilitou um forte incremento nas exportações brasileiras de carne bovina entre janeiro e novembro deste ano. Nesses 11 meses, as vendas externas de carne bovina in natura somaram US$ 1,8 bilhão, o equivalente a 849 mil toneladas. Em comparação com igual período de 2003, houve um aumento de 74,3% em valores e de 50% em volumes. Os embarques de cortes industrializados totalizaram US$ 443 milhões, com um acréscimo de 39% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os embarques de frango também tiveram um crescimento expressivo. De janeiro a novembro, as exportações de frango in natura chegaram a US$ 2,2 bilhões, representando 2,1 milhões de toneladas. Isso significou um aumento de 44% em divisas e de 23% em quantidade. As vendas de cortes industrializadas somaram US$ 88 milhões, o equivalente a 39,7 mil toneladas. De acordo com Eliezer Lopes, as vendas externas de frango brasileiro foram igualmente beneficiadas pela gripe aviária na Ásia e nos Estados Unidos.

Suínos

O desempenho das exportações de suínos também é bastante positivo. De janeiro a novembro, as vendas de suínos in natura alcançaram US$ 665 milhões, o equivalente a 429 mil toneladas. Em comparação com igual período de 2003, isso representou um aumento de 34,7% em valores e uma queda de 0,96% em quantidade. “Apesar da redução do volume exportado, houve uma elevação de 36% no preço médio do produto”, ressalta Lopes.

O embargo da Rússia à carne suína brasileira não causou grandes prejuízos, destaca o coordenador da Secretaria de Produção e Comercialização. “Primeiro, porque aumentamos as exportações para a África do Sul, Albânia e Bulgária, entre outros. Além disso, a Rússia comprou do Brasil mais do que pretendia, por falta de fornecedores”. No mês passado, os russos suspenderam parcialmente a restrição ao suínos brasileiro, liberando as importações de Santa Catarina.

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