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Receita da Embrapa será 20% maior em 2007

A Embrapa quer aumentar a receita com royalties pela venda de sementes


Ao contrário do ano passado, período de crise no campo, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) prevê aumentar em pelo menos 20% a receita com royalties pela venda de sementes em 2007, na comparação com o ano passado. Em 2006, a estatal recolheu R$ 20 milhões com tal operação, no total, incluindo as sementes tradicionais e as da soja transgênica. A cifra não cresceu em relação ao ano anterior e se manteve na média histórica de captação de royalties com sementes.

"2006 foi o ano de crise tanto nas vendas de sementes como no recolhimento de royalties. Esperávamos crescer mais, mas não foi possível’’, disse o gerente-geral da Embrapa Transferência de Tecnologia, José Roberto Rodrigues Peres, sem falar da cifra que era esperava captar no ano passado com tal operação.

Como a safra agrícola 2006/07 será maior do que a anterior, Peres acredita que a estatal terá condições de vender mais variedades de sementes neste ano.

A receita com royalties pela venda de sementes de soja geneticamente modificada (OGM) , também ficou estável no ano passado.

Mesmo com o lançamento de quatro cultivares de soja transgênica em 2006, atingindo a 13 variedades, a participação do grão geneticamente modificado na arrecadação total de royalties, incluindo as sementes tradicionais, se manteve em 15%. A expectativa da empresa para este ano, entretanto, é elevar a fatia para 23%, disse.

A Embrapa possui 229 variedades de sementes protegidas, das quais 13 são transgênicas. Pelo acordo feito com o setor sementeiro, no desenvolvimento de cultivares, a estatal recolhe entre 3% e 6% do valor de venda das cultivares tradicionais. Nos transgênicos, a captação varia de 5% a 10%. Pela parceria, as empresas, que também investem em pesquisas, obtêm o direito de exclusividade de usar as cultivares criadas pela estatal por um período médio de oito anos. Em 2006, a indústria de soja investiu R$ 8 milhões em pesquisas.

Peres aposta ainda na expansão da comercialização de sementes geneticamente modificada neste ano. "Os produtores preferem usar transgênicos por conta do custo de produção que é de 20% mais barato que as culturas convencionais’’, declara. O gerente não leva em consideração a possibilidade de o milho transgênico ser aprovado neste ano. Embora 2006 tenha sido o primeiro ano de plantio do algodão transgênico, a Embrapa espera levar um período de cinco anos, em média, para lançar cultivares deste produto. "Ainda estamos fazendo pesquisas. A Embrapa está fazendo o mapeamento genético para ser introduzido em uma nova cultivar’’, disse. A Monsanto e a Syngenta são as únicas empresas que vendem as sementes do algodão transgênico.

kicker: Os produtores preferem usar transgênicos porque o custo de produção é 20% mais baixo que as culturas convencionais.

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