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Receita supera em US$ 1 bi o 2016

Com melhor novembro dos últimos dois anos, pauta estadual reage na comparação anual e fecha parcial 2017 com US$ 13,68 bi ante US$ 12,68 bi de todo ano passado


As exportações mato-grossenses tiveram em novembro o melhor resultado para o mês dos últimos dois anos, ao contabilizar receita de US$ 976,53 milhões, cifras que representam ganho anual de mais de 91% sobre a soma dos embarques de igual momento do ano passado. Com essa reação na reta final de 2017, o faturamento acumulado nos onze meses desse ano já supera em pouco mais de US$ 1,1 bilhão todo o saldo financeiro registrado em doze meses do ano passado. O mês passado fechou com US$ 13,68 bilhões ante US$ 12,58 bilhões em todo exercício 2016. 

Conforme dados divulgados ontem pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a pauta estadual contabilizada de janeiro a novembro movimentou US$ 13,68 bilhões contra US$ 12,07 bilhões de igual intervalo do ano passado. 

Para fechar 2017, as estimativas do setor no Estado apontam para o ingresso de cerca de R$ 500 milhões a US$ 700 milhões no decorrer desse mês, volume que se confirmado elevará a receita de 2017 acima de US$ 14 bilhões, remetendo o comércio exterior de Mato Grosso ao nível do que foi consolidado em 2014. 

No acumulado de janeiro a novembro, os US$ 13,68 bilhões faturados nesse período são 13,33% superiores aos US$ 12,07 bilhões movimentados em igual momento de 2016. Contribuíram para o avanço da pauta estadual no ano o aumento das vendas da soja em grão, do óleo de soja, de cortes bovinos congelados e até mesmo, de ouro em barra. 

Dos mais de US$ 13,68 bilhões faturados em 2017, US$ 6,71 bilhões, ou seja, praticamente a metade, foi originada somente com as vendas de soja em grão que na comparação entre os onze meses desse ano contra o mesmo momento do ano passado cresceu 20,14%. Como detalham os dados do MDIC, 49% do faturamento foram sustentados com a soja em grão que até novembro acumula embarques de mais de 17,78 milhões de toneladas contra 15,18 milhões de toneladas de janeiro a novembro de 2016. Naquele momento o faturamento pela venda do grão foi de US$ 5,59 bilhões. Se juntar toda a participação do complexo soja nas exportações desse ano, considerando farelo e óleo, principalmente, o peso desse segmento se aproxima a 70% do faturamento global de 2017. 

Por ordem de importância na composição da pauta estadual, o segundo produto mais vendido foi o milho, participando com 17,16% do total da receita estadual. Apesar de somar mais de US$ 2,34 bilhões em cifras, o desempenho atual do cereal não teve o mesmo ritmo do ano passado, com sua receita aumentada em apenas 4,07%. 

Na terceira colocação estão os embarques de cortes congelados de carne bovina, produto – entre os mais importantes – que mais cresceu em receita nesse ano: 39%. A receita somou no mês passado US$ 905,96 milhões contra US$ 652,05 milhões em igual momento do ano passado. Justifica essa expansão anual o incremento no volume físico embarcado que passou de 166 mil toneladas para 218,5 mil toneladas. Com esse desempenho, a participação desse setor na pauta passou de 5,4% do total para 6,6%. 

O ouro em barra, que chama à atenção nesse balanço, teve sua receita ampliada em 64%, passando de US$ 62,87 milhões para US$ 103,21 milhões. 

Produtos importantes para a composição da pauta estadual, como cortes de aves e algodão, chegam a novembro com resultados negativos na comparação anual. A receita do algodão em US$ 722 milhões é quase 3% inferior ao registrado em igual momento do ano passado, os cortes de aves, com US$ 52,85 milhões apresentam queda de 12%. Já os embarques de carnes suína cresceram 7,4% e somam US$ 84,71 milhões. 

DESTINO – Dos US$ 13,68 bilhões faturados pelo Estado por meio do comércio exterior, mais de um terço – 34% - veio das relações comerciais com a China, país que segue como maior parceiro comercial do Estado e do país. Da China vieram US$ 4,66 bilhões, cifras 24,4% acima do que havia sido negociado em igual acumulado do ano passado. A soja em grão é o principal produto comprado pelos chineses. 

O ranking dos principais parceiros comerciais do Estado apresenta os cinco maiores destinos. Além da China, pela ordem, estão a Tailândia (US$ 864,91 milhões), agora como segundo maior mercado, seguido pelos Países Baixos (Holanda, US$ 860,65 milhões), Irã (US$ 800,18 milhões) e a Espanha (US$ 660,24 milhões). Desses ‘top 5’, a Tailândia é o país com a maior expansão sobre a pauta estadual com incremento de 66% nas compras. Entre os principais produtos buscados pelos asiáticos está o algodão. 
 

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