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Recuperação dos preços do açúcar perdeu força

“Chegou a 14,20 cents/libra peso no final de outubro e mergulhou outra vez para 12,60 cents"


A recuperação dos preços do açúcar perdeu força no mercado brasileiro e os mesmos acabaram recuando novamente. De acordo com o professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), Marcos Fava Neves, a queda foi “intrigante”. 

“Chegou a 14,20 cents/libra peso no final de outubro e mergulhou outra vez para 12,60 cents. É intrigante esta queda, pois foram notícias boas vindas da relação oferta e demanda. A Archer justifica principalmente como movimento dos fundos, além da queda dos preços do petróleo (20% em um mês) e a valorização do real”, informa. 

Segundo informações divulgadas pela nova estimativa da Organização Internacional do Açúcar (OIA), o superávit esperado para a safra 2018/19 de 6,75 milhões de toneladas foi derrubada para 2,20 milhões de toneladas. Nesse cenário, a produção total ao redor do mundo deve ser de 180,488 milhões de toneladas, mas, tanto Brasil (31,8 m.t.) quanto Índia (32 m.t.), União Europeia (17,9 m.t.) e Paquistão tiveram quedas nas estimativas. 

“O consumo global deve crescer 1,65% (a média de dez anos foi de 1,67%) chegando a 178,316 m.t.. Os estoques serão de 93,363 m.t., e a relação estoque/consumo cai para 52%. O superávit da safra 2017/18 também caiu praticamente 1,32 m.t. agora em 7,28 m.t. A nova estimativa da Datagro para 2018/19 ampliou o déficit de 715 mil toneladas para 1,58 milhão de toneladas. E na safra seguinte (2019/20) um déficit de 7,52 m.t.”, explica. 

Novas estimativas trazem a safra de 32,5 m.t. para 30 m.t. Lembremos que chegou a ser estimada em 35,5 milhões de toneladas. “Números começam a melhorar para os produtores de açúcar, com menor produção”, conclui ele. 

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