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Redução de área nos EUA faz aumentar preço da saca de soja no Brasil

Últimas cotações mostram que soja está custando acima de R$ 50/sc


As últimas cotações mostram que soja está custando acima de R$ 50/sc
 
O anúncio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em Inglês) de que as lavouras de soja americana diminuirão 1,3% na próxima safra já provocou reflexos no Brasil. Na última semana o preço da saca de oleoginosa passou dos R$ 50. Em Mato Grosso, maior produtor do grão no país, a cotação foi de R$ 51 a saca em Alto Araguaia, maior cotação registrada no estado, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

O valor representa um crescimento de 22% ante o preço da saca constatada em março deste ano, de R$ 41,80 a saca. No Paraná, a saca de soja chegou a custar R$ 56, representando um aumento de 5% em comparação com o preço registrado na última semana de março, quando a soja custava R$ 53 a saca. O analista do Imea, Cleber Noronha, conta que alguns produtores mato-grossense já garantiram a safra futura com os novos valores.

Segundo ele, o impacto do aumento de preço pode resultar na rápida comercialização dos grãos no mercado, que possui apenas 22% da produção total de soja para ser vendida. No entanto, ele ressalta que a venda do restante da safra não depende só do produtor, mas das indústrias que não estão dispostas a pagar por um preço mais alto. "Alguns contratos foram fechados, mas a cautela permanecesse no setor".

O setor agrícola paranaense também está cauteloso para as vendas de soja. O diretor do Departamento de Economia Rural no Paraná (Deral), Francisco Carlos Simioni, explica que ao contrário dos preços a comercialização do grão não está acelerado. "O mercado estrangeiro está devagar com as negociações". Cerca de 60% da safra de soja no estado já foi negociada.

Ele explica que a alta nos preços não está somente relacionada com a redução de área nas lavouras do Estados Unidos que pode provocar uma menor produção de soja no mundo. "Por conta da estiagem teremos uma redução de 24% na produção do grão. A previsão é que a colheita atinga 10,7 milhões de toneladas, ante a 14 milhões de toneladas da última safra".

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