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Referência para o milho em Goiás recua abaixo de R$ 16/saca


O mercado brasileiro do milho evolui sob gradual queda de preços, ajustando-se tecnicamente em relação à paridade externa. A colheita da safrinha é certamente um importante fator psicológico para a pressão negativa. Mas o fator mais importante continua sendo a derrocada do mercado externo. Na perspectiva de uma safra cheia nos Estados Unidos (EUA), os operadores em Chicago chegam a precificar o contrato de setembro por 2009 próximo de US$ 130 por tonelada, nos menores níveis desde setembro de 2007.

Com o câmbio doméstico firmemente abaixo de R$ 2 por dólar, obviamente que a paridade nos portos brasileiros vai descendo a níveis consideravelmente baixos. A remuneração nos portos para setembro de 2009 fica estimada ao redor de somente R$ 19,30 por saca FOB, isto em um momento em que a demanda externa já é extremamente fraca pelo milho brasileiro. Com isso e diante do avanço das colheitas de safrinha, a referência ao grão em importantes regiões produtoras de Goiás despencou a cerca de R$ 15,80 por saca (bruto – posto indústria), após testar até R$ 17 por saca nas últimas semanas.

Os operadores em Chicago liquidam posições diante da proximidade do novo relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a ser publicado nesta sexta-feira. No último dia 30 de junho, em relatório trimestral de plantio, o órgão inverteu a tendência de semeadura nos EUA, de negativa para positiva. Espera-se agora que o número de produção no país sofra um grande reajuste neste novo relatório mensal. O relatório semanal sobre as condições das lavouras norte-americanas, divulgado ontem no final do dia, apontou 71% das áreas sob condições entre “boas” a “excelentes”, contra 72% na semana passada e 62% no ano passado neste mesmo período.

Portanto, o potencial de produtividade ainda é maior em relação à safra passada. No mercado doméstico o destaque desta terça-feira foi o novo relatório de safra da CONAB, o qual indicou a safrinha em 16,2 milhões de toneladas, contra 18,7 milhões de toneladas no ano passado. O único incremento de colheita ocorrerá em Goiás, onde a safrinha é estimada em 1,6 milhões de toneladas (+ 29%). A safra brasileira fica estimada no volume total de 49,5 milhões ton, contra um consumo doméstico anual ao redor de 45 milhões de toneladas. Diante do fraco volume em exportações, o sentimento é de que o suprimento doméstico será satisfatório até o final da temporada.

Veja a tabela dados em: http://www.faeg.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2895&Itemid=113

A análise de mercado de milho é realizada diariamente pela Gerência de Estudos Técnicos e Econômicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG).


Gerente de Estudos Técnicos e Econômicos: Edson Alves Novaes
Responsável técnico: Adriano Vendeth

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