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Região Sul articula iniciativa para defesa fitossanitária das minor crops

Faep tem modelo para levantar demandas


 

A Faep (Federação da Agricultura do PR) encabeça uma iniciativa que visa levantar as reais demandas das chamadas “minor crops”, ou “Culturas de Suporte Fitossanitário Insuficiente” (CSFI). Para isso, a entidade reuniu no Paraná representantes de empresas de frutas e hortaliças, órgãos de governo, institutos de pesquisa e federações da agricultura dos três estados da Região Sul do Brasil.

O principal problema verificado é a falta de registro de produtos para controle de pragas e doenças nas minor crops. “O papel do setor produtivo e dos profissionais da assistência técnica é identificar as demandas necessárias para o campo validadas pela pesquisa e encaminhar para a análise de registro pelas empresas”, explica a engenheira agrônoma Elisangeles de Souza, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) da Faep.

“Essa é uma iniciativa pioneira. A ideia é utilizar o modelo do Paraná para levantar os dados de outros Estados. Precisamos saber quais são as prioridades do setor. O melhor é fazer a coisa conjunta, já que as culturas são semelhantes no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, observa o assessor técnico da Comissão Nacional de Fruticultura, Flores e Hortaliças da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) José Eduardo Costa. 

O modelo proposto foi desenvolvido pela Faep, que busca as demandas para pequenas culturas no Paraná e apresenta a realidade e a urgência de soluções aos órgãos registrantes, empresas fabricantes e instituições de pesquisa. O trabalho é realizado em parceria com a Emater, Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Agência de Defesa Sanitária do Paraná (Adapar), Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-PR), Frutipar, Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná (Feap), Ocepar e Embrapa, além de diversas associações de produtores. “O sucesso dessa empreitada está baseada nas boas parcerias que construímos”, observa Elisangeles.

A falta de defensivos (ou mesmo as poucas opções registradas) para as CSFI ocasionam o uso irregular de outros agroquímicos. Em 2014 foi publicada uma Instrução Normativa Conjunta (INC nº1/2014) permitindo usar produtos de culturas representativas (como o tomate, por exemplo, que possui produtos registrados) para as demais culturas que apresentam as mesmas características botânicas, alimentares e fitotécnicas. 

No entanto, para que isso aconteça, “é necessário que a empresa fabricante apresente primeiramente ao Mapa o requerimento de solicitação dessa extrapolação. A empresa nesse momento assina um termo de ajuste para realização de estudos de resíduos durante um prazo de 24 meses para o estabelecimento do LMR (Limite Máximo de Resíduos)”, explica a Faep.

“Esse é um trabalho dos mais importantes, pois está tirando os produtores da ilegalidade”, observa Moisés Lopes de Albuquerque, diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM).

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