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Relação de troca desfavorável preocupa o produtor de suínos em 2020

Preços no mercado interno registraram forte queda, enquanto os componentes da ração (milho e soja) vêm registrando altas


Foto: Pixabay

A suinocultura brasileira tem sofrido os impactos do Coronavirus devido, principalmente, ao confinamento e a redução na demanda por carne suína em restaurantes, escolas, hotéis e outros serviços de alimentação. Com isso, os preços no mercado interno registraram forte queda no mês de abril, enquanto os preços dos componentes da ração (milho e soja) vêm registrando altas desde o segundo semestre de 2019.

O que tem trazido um pequeno alívio aos produtores é o aumento das exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada para China, que cresceram 153,5% no primeiro quadrimestre do ano, quando comparado ao mesmo período de 2019. Parte considerável do rebanho chinês de suínos foi dizimada pelo surto de Peste Suína Africana (PSA) que assolou o país em 2019, comprometendo a produção de carne suína no país.

No mercado interno, o Gráfico 1 representa a evolução do preço real do suíno vivo em R$/kg entre 2011 a abril de 2020 em Minas Gerais, estado com maior média de preço nacional para o produtor, em Santa Catarina, maior produtor e exportador, e no Brasil . Percebe-se que o comportamento dos preços é semelhante entre os Estados destacados e a média nacional, sendo que todos eles se encontram, no último mês, abaixo do valor médio do período, se aproximando das mínimas históricas registradas no ano de 2018. 

Observando com mais detalhe o Gráfico 1, entre 2011 e 2019, o preço real do suíno vivo no Brasil passou de R$ 4,00 para R$ 4,50, um aumento de 12,6% no período. Logo no primeiro mês de 2020, os preços continuaram aumentando e atingiram valores recordes em torno de R$ 5,77, um aumento de 28,2% em relação à média de 2019, sustentado principalmente pelo aumento das exportações chinesas a partir do segundo semestre de 2019. Entretanto, o que se observou a partir daí foi uma forte queda no preço real do suíno vivo, que atingiu R$ 4,03 em abril de 2020, uma redução de 30,1% quando comparado aos preços de janeiro de 2020, se aproximando dos menores valores históricos observados em 2018. Assim, o que se verificou até o momento em 2020 foi um aumento da receita em janeiro, seguido  por fortes quedas nos meses seguintes. 

Acesse o estudo completo aqui.

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