Relação de troca sustenta demanda dos fertilizantes
"No final de agosto, a relação de troca do milho com os fertilizantes estava 50% melhor"
O mais novo estudo do Rabobank afirmou que a relação de troca acabou sustentando a demanda dos fertilizantes no Brasil. “O aumento dos preços das principais commodities agrícolas nos últimos meses tem garantido uma melhora na relação de troca entre os produtos e os fertilizantes, mesmo com a ureia e o MAP atingindo os maiores preços em reais desde 2008”, indica o relatório.
“No final de agosto, a relação de troca do milho com os fertilizantes estava 50% melhor que há 12 meses. Nesse mesmo período a relação de troca do café, da soja e do algodão melhoraram 22%, 38% e 29% respectivamente. Especificamente para o milho e para a soja, os patamares atuais desses preços relativos são os melhores dos últimos 5 anos”, completa.
Como resultado da melhora do poder de compra do agricultor, o Rabobank está revisando a projeção de demanda Brasileira de fertilizantes, de 36,7 para 37,2 milhões de toneladas, um crescimento de 2,7% em relação a 2019. “A projeção das importações também foi revista, de 28.6 para 29 milhões de toneladas — desse total, 17,7 milhões de toneladas já haviam sido desembarcadas no Brasil até julho”, informa.
“No mercado internacional, os preços têm sido suportados pela demanda e a valorização das commodities agrícolas. A antecipação das importações brasileiras de ureia, somados aos sucessivos leilões de compra da Índia, elevaram os preços nos portos do Brasil para USD 275/t no início de setembro, patamar semelhante ao do ano passado nessa mesma época — conforme previsto no nosso último relatório. As cotações da ureia devem oscilar próximo aos patamares atuais nas próximas semanas e perder sustentação no último bimestre com a redução da demanda”, conclui.