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Relatório analisa proteínas alternativas

Documento inédito traça o panorama do mercado que pode levar Brasil à liderança


Foto: Pixabay

Você já ouviu falar na Indústria de Proteínas Alternativas? Tratam-se de novas tecnologias com base vegetal, capazes de manipular plantas para que deem origem a alimentos com sabor, textura e aroma muito parecidos aos de origem animal. São carnes, ovos, leite e carne cultivada a partir de células.

O mercado de proteínas alternativas é extremamente promissor, com diversas oportunidades de crescimento e sem líderes definidos até o momento. O Brasil tem a capacidade de assumir o protagonismo desse cenário, tanto como fornecedor de ingredientes e produtos vegetais para o resto do mundo como polo global de pesquisa e produção de alimentos obtidos através do cultivo de células. É isso que aposta um relatório inédito de análise do setor, desenvolvido pela instituição sem fins lucrativos, The Good Food Institute.

O documento acredita que o Brasil poderá ser líder nesse segmento diante do desafio de alimentar 9.5 bilhões de pessoas em 2050. “Temos tudo o que é necessário para o bom desenvolvimento do setor: um agronegócio forte, estrutura logística para distribuição global de produtos, clima favorável à produção e um enorme capital intelectual ligado à produção de alimentos.”, diz o diretor executivo do GFI Brasil, Gustavo Guadagnini.

A análise também inclui o consumidor. Uma pesquisa realizada em 2019, pela entidade, apontou que 29% dos brasileiros já afirmavam reduzir o consumo de carne. De acordo com as informações do relatório, há uma percepção de crescimento na oferta de produtos vegetais nos últimos três anos, período em que o mercado passou a oferecer opções que simulam as características da carne, além das já tradicionais opções vegetarianas. Com essa estratégia, o consumo destes produtos aumentou, especialmente entre os flexitarianos, grupo que reduz o consumo de carne, mas não dispensa uma experiência similar.

O estudo também mostrou que esses produtos devem ser comercializados nos mesmos lugares em que o consumidor já está acostumado a comprar e sejam vendidos a preços acessíveis. Entre as oportunidades para o desenvolvimento do setor estão: aprimorar os produtos vegetais já existentes, diversificação, suprir a demanda, investir em novas startups e empresas de carne cultivada, inovação e renda ao produtor.

O cenário favorável no Brasil possibilitou o estabelecimento de novas startups e a criação de linhas de produtos à base de plantas nas indústrias em atividade. Atualmente, em torno de 93 marcas já oferecem opções vegetais para carnes, ovos, leite e seus derivados.

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