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Representantes da Fruticultura definem estratégias para os próximos quatro anos

Temas como seguro rural, agenda estratégica e o uso de agroquímicos foram abordados


Ampliar as ações e integrar os elos da cadeia produtiva para garantir a qualidade do produto ao consumidor final; fazer levantamentos de custos, estoques e preços; e elaborar plano de marketing para o mercado interno e externo. Estes são alguns dos temas incluídos na agenda estratégica da fruticultura para os próximos quatro anos, apresentada nesta quarta-feira (23/3) pelo presidente Comissão Nacional de Fruticultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Câmara Setorial de Fruticultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Prado. O encontro com representantes de entidades ligadas ao setor de todo o País para discutir assuntos como seguro rural, a utilização de agroquímicos, entre outros, aconteceu na sede da CNA, em Brasília.

O objetivo da agenda estratégica é fazer com que as discussões sigam além das questões pontuais do dia-a-dia. Permitirá, também, construir planos e projetos de médio e longo prazo, proporcionando o desenvolvimento da cadeia produtiva como um todo.

Sobre a utilização de agroquímicos, o engenheiro agrônomo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Juliano Malty, falou a respeito do grupo de culturas que necessitam de autorização para utilizar determinados defensivos agrícolas, atualmente não permitidos, como pêssego, uva e manga, por exemplo. Em fevereiro de 2010 foi publicada a Instrução Normativa Conjunta entre Mapa, Anvisa e Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA), na qual dá a oportunidade aos produtores solicitarem que determinados agroquímicos sejam incluídos na cultura que produzem.

Após a análise dos ingredientes ativos presentes nestes defensivos, a Anvisa entrará em contato com a empresa que comercializa o produto, para que esta cultura seja incluída no rótulo da embalagem, permitindo sua utilização. Para divulgar esta INC e fazer com que os produtores participem, enviando suas solicitações, foram elaboradas cartilhas informativas, que estão sendo aplicadas em oficinas realizadas nas associações de produtores.

Seguro rural foi outro tema tratado durante a reunião na CNA. O coordenador geral das Câmaras Setoriais do Mapa, Agnaldo Lima, anunciou a criação de duas Câmaras Temáticas: crédito de negócios e seguros. Para Lima, “esta é a oportunidade de se trabalhar em conjunto e definir qual a estratégia mais adequada para o seguro
rural”. Representantes de todas as culturas participarão destas novas assembléias, para que o Ministério da Agricultura tenha condições de propor um formato de seguros mais adequado para todo o País.

A importância do açaí no contexto econômico, social e ambiental do Estado do Pará foi apresentada pela Secretária Adjunta da Agricultura do Pará, Eliana Zaca. A fruticultura é a quarta atividade mais importante do Estado, impulsionada pela produção de açaí. Em 2010, foram 77.637 hectares plantados, com a produção de 706.548 toneladas no mesmo ano. Cerca de 300 mil pessoas se envolvem atualmente na cadeia produtiva, representando 70% da fonte de renda da população ribeirinha. Resultados que tornam o Estado o maior produtor nacional do fruto.

Para Carlos Prado, a boa notícia da reunião foi a reabertura da Frente Parlamentar da Fruticultura, anunciada pelo deputado Antônio Balhmann (PSB–CE) durante o encontro. “Agora esperamos que esta Frente venha interagir com a Comissão Nacional de Fruticultura e com a Câmara Setorial de Fruticultura do Mapa, para que possamos trabalhar em conjunto”, reforça Prado.

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