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República Checa limitará uso do glifosato

. "Essas substâncias só serão empregadas em casos em que nenhum outro método eficiente possa ser usado"


O Ministério da Agricultura da República Checa informou, na última segunda-feira (17.09) que o país está estudando a limitação do uso de substâncias que contém o princípio ativo glifosato a partir do próximo ano. De acordo com as informações, a ideia é conseguir suspender o uso do herbicida por completo no futuro. 

Segundo o que disse o ministro da Agricultura, Miroslav Toman, a República Tcheca proibirá o uso geral de glifosato como herbicida e como agente secante para acelerar a maturação das plantas. "Essas substâncias só serão empregadas em casos em que nenhum outro método eficiente possa ser usado", informou. 

O ministério também disse que o uso de glifosato na República Tcheca caiu de 935 mil litros em 2013 para 750 mil litros no ano passado. Nesse cenário, o órgão acredita que o uso do defensivo no país é cada vez menos necessário, podendo ser suspenso em alguns casos específicos. 

Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou que o glifosato pode ser carcinogênico, no entanto, nenhuma outra publicação conseguiu levantar qualquer evidência que sustentasse esse argumento. A União Europeia (UE) decidiu no ano passado prorrogar uma licença para o herbicida por cinco anos até 2022, com 18 dos 28 países-membros do bloco votando a favor, incluindo a República Tcheca e a Alemanha. 

No entanto, a UE permitiu que seus membros decidissem se deveriam impor restrições sobre a substância no nível nacional. Ativistas ambientais, como o Greenpeace, pedem uma proibição total na Europa, mas a Monsanto, desenvolvedora do produto, há tempos afirma que o herbicida atende aos padrões de licenciamento da UE. 

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