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Restam alguns hectares com soja no nordeste e sudeste do MT

Colheita está praticamente encerrada no estado ao atingir 99% da área


Colheita está praticamente encerrada em Mato Grosso ao atingir 99% da área

Com seus 6,4 milhões de hectares praticamente colhidos até o último dia 14, a colheita da safra 10/11 de soja, em Mato Grosso, encerrou mais uma temporada. Conforme levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), mais de 99% da área coberta está colhido, restando hectares pontuais nas regiões nordeste e sudeste.


Na comparação com o mesmo período do ano passado, há atraso de 0,6 pontos percentuais em relação ao ritmo empregado pelas máquinas na safra anterior. As chuvas fortes e constantes foram os principais obstáculos enfrentados pelos sojicultores estaduais neste ciclo.

A região nordeste cultivou nesta safra 694 mil hectares (ha), volume concentrado principalmente em três municípios considerados importantes produtores da oleaginosa, como Querência, Canarana e Gaúcha do Norte. Conforme o Imea, a colheita atinge 96% da área, ou pouco mais de 666 mil ha.

A região sudeste, com característica de concentrar o plantio tardio do Estado, por meio de variedades de ciclo longo, cultivou 1,5 milhão de hectares dos quais 98,5% foram colhidos. Restam nos principais polos produtores da região – Campo Verde, Primavera do Leste, Santo Antônio do Leste, Alto Garças, Alto Taquari, Jaciara e Juscimeira – pouco mais de 22 mil ha para ser colhidos.

Nas regiões norte, noroeste, oeste, médio norte e centro-sul, os trabalhos estão encerrados.

Apesar das chuvas em excesso, Mato Grosso colherá sua maior safra de soja – estimativa compartilhada por várias consultorias e analistas de mercado como Imea, Agroconsult, AgRural e o próprio Ministério da Agricultura – assim como terá a sua maior produtividade. Como explica o superintendente do Imea, Otávio Celidônio, a produção desta safra rompe a barreira de 20 milhões de toneladas, ante 18,8 milhões da safra passada (que até então era o recorde estadual). “A produção reflete o bom índice de produtividade, que fecha em 52,9 sacas por hectare, frente às 50 sacas da safra anterior, a 09/10”.


De acordo com dados da Agroconsult, que realizou mais uma etapa do Rally da Safra, a média nacional nesta safra também evoluiu em relação ao ciclo anterior, de 49 sacas para 50,3. Mato Grosso supera a média nacional. O Brasil deverá colher 72,69 milhões de toneladas, volume acima dos 68,97 milhões contabilizados no ano passado.

SAFRA NOVA – Com a soja colhida e com o milho safrinha em desenvolvimento nas lavouras estaduais, o produtor mato-grossense já dá início ao planejamento da nova safra, a 11/12. Conforme a primeira estimativa divulgada pelo Imea, na última quinta-feira, a sojicultura estadual superará o recorde deste ano. Com incorporação de área de pastagens degradas e migrações de culturas, a projeção é de que a superfície cultivada atinja 6,57 milhões ha, 2,5% acima da área desta safra. A produção avançaria das atuais 20,35 milhões toneladas para 20,86 milhões, incremento de 10,9%.

E os números mostram que o recorde sinalizado não está apenas no planejamento, e, sim, na prática. Conforme o Imea, neste mesmo período do ano passado 56% das sementes, 55% dos fertilizantes e 52% dos defensivos estavam comercializados. Agora, o volume de negócios destes insumos chega a 72%, 68% e 66%, respectivamente. Em uma enquete, o Imea observou que nas cinco principais regiões produtora de soja, em Mato Grosso, mais de 50% dos produtores disseram que já compraram fertilizantes. Em algumas regiões como a médio norte – que detém cerca de 40% da produção de grãos no Estado –, no ano passado, apenas 25% disseram ter comprado contra atuais 75%. Na região sudeste eram 35% com compras feitas, e agora são 65%.

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