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Resultados de estudo com Bopriva comprovam benefícios da imunocastração

Técnica melhora as características de carcaça e da carne em bovinos terminados em confinamento


 Estudo realizado por pesquisadores brasileiros foi publicado na revista Meat Science
 
Um dos grandes desafios da bovinocultura da atualidade é aprimorar as técnicas de manejo e tratamentos para aliar produção e bem-estar animal. Diante deste cenário, a Zoetis lançou em 2011 a primeira e única vacina para castração imunológica de bovinos do mercado, Bopriva. Em um artigo recém-publicado na Meat Science, revista científica oficial daMeat Science Association foram avaliados os efeitos da imunocastração em bovinos machos confinados e os resultados demonstraram significativos benefícios da técnica.
 
Animais machos da raça Nelore e mestiços Nelore x Angus foram submetidos à imunocastração com Bopriva, castração cirúrgica ou mantidos intactos (inteiros) e confinados durante 90 dias, com dieta contendo 85% de concentrado. Após o abate, foram avaliadas as principais características relacionadas à carcaça e à qualidade da carne dos animais. 
 
Comparada à castração cirúrgica, a imunocastração aumentou o peso de carcaça quente e fria apenas nos animais mestiços Nelore x Angus, indicando um possível efeito de grupo genético nessa característica.
 
Independente de grupo genético, os animais imunocastrados apresentaram maiores rendimentos de carcaça quente e fria do que os castrados cirurgicamente.  Além disso, a carne dos animais tratados com Bopriva apresentou, em média, melhor coloração em relação às carnes dos animais castrados cirurgicamente e intactos, indicando possíveis vantagens de comercialização da carne no varejo.
 
Os autores (Miguel et al.) sugeriram que a indústria de carne brasileira pode considerar a técnica desenvolvida pela Zoetis como uma estratégia para melhorar as características de carcaça e coloração da carne oriunda das raças utilizadas no estudo.
 
Vantagens da castração

Os bovinos castrados apresentam, em geral, melhor acabamento de carcaça e pH da carne mais adequado. Por este motivo, muitos frigoríficos remuneram melhor os pecuaristas que fornecem animais castrados. Este melhor acabamento e pH deixam a carne com melhor sabor, maciez e coloração. Outros fatores também interferem na qualidade de carcaça, como a genética, a nutrição e o manejo dos animais. Por isso, é muito importante que as fazendas contem com profissionais capacitados, que auxiliarão no planejamento e acompanhamento das atividades de engorda e terminação. Bovinos de boa genética, castrados e adequadamente nutridos atingem a cobertura de gordura uniforme, entre 6 a 10 mm de espessura, que é a preferida pelas marcas de carne premium.
 
Apesar dos efeitos positivos acima mencionados, as técnicas tradicionais de castração (métodos cirúrgico, burdizzo e castração química) afetam significativamente o bem-estar animal e trazem riscos de complicações como infecções, hemorragias, bicheiras, perda de peso e, em casos extremos, a morte. Porém, com a chegada da imunocastração, o pecuarista passa a ter uma opção comprovadamente eficiente, com mais conveniência aos seus funcionários e menos sofrimento aos animais.
 
Produzida pela Zoetis, Bopriva é injetável e possui mecanismo de ação similar às vacinas convencionais. “O produto age no sistema imunológico dos bovinos e proporciona a suspensão temporária das funções reprodutivas em machos e fêmeas. Desta forma, Bopriva muda a maneira de os pecuaristas lidarem com a castração e representa, mais do que evolução, uma revolução dessa técnica”, explica Ocilon Filho, gerente de produto da unidade de negócios Bovinos da Zoetis.

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