CI

Retirada de descontos na conta de luz preocupa arrozeiros

Serão 20% a menos de desconto a cada ano até 2023


No final do ano passado, o então presidente Michel Temer, editou um decreto proibindo a cumulatividade de descontos na conta de luz para produtores rurais e irrigantes. A grande maioria dos arrozeiros integram o chamado Grupo B, classe de consumidores que têm dois descontos na formatação da conta de energia elétrica: o desconto incidente na unidade consumidora rural como um todo (abatimento em torno de 30%)  e outro para os irrigantes, este entre 21h30 e 6 da manhã (até 70% de desconto).

Uma nova normativa publicada pelo presidente Jair Bolsonaro volta a permitir a acumulação de dois descontos, no entanto, a medida não acaba com uma preocupação antiga do setor: não reverte a decisão de acabar, progressivamente, com os descontos até 2023.

Todo ano a unidade consumidora rural passa a ter uma redução de 20% nos descontos da tarifa. Com isso a cadeia teme o encarecimento dos custos de produção. No Rio Grande do Sul os produtores estimam que o gasto com energia aumente. Segundo o Diretor Jurídico da Federraroz, Anderson Belloli, o decreto não é suficiente para atenuar os gastos no setor orizícola porque mesmo voltando a permissão da cumulatividade, a cada ano a conta de luz fica mais cara pelo menos 8% do custo por hectare.

Belloli ressalta que o setor primário brasileiro tem a esperança que o governo federal faça as alterações legais para minimizar os custos sobre a lavoura arrozeira e mantenha o potencial produtivo para uma competição leal com o arroz que vem do Mercosul.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.