Retorno das chuvas no Brasil Central aliviou a seca

O mês de setembro foi bastante seco na maior parte do país, com exceção das Regiões Sul e Norte, onde é comum chover no período. Na Região Sul, as lavouras de inverno tiveram boas condições de desenvolvimento com destaque para o trigo, porém as lavouras do cereal no norte do PR e em SP não tiveram essa boa condição. No Centro Oeste e MATOPIBA, o período seco favoreceu a colheita do milho e do algodão safrinha mas agravou um pouco mais a condição das pastagens, enquanto na Região Sudeste as lavouras. perenes também sofreram um pouco mais, em função do elevado déficit hídrico de meses. 

Em SC algumas áreas de fruticultura, pastagens e grãos registraram granizo na segunda quinzena do mês, mas com danos pontuais. Além do calor excessivo, a estiagem de muitos meses, criou condições para ocorrências de tempestades de poeira em diversas cidades da Região Sudeste, que se formam com nuvens carregadas nas primeiras pancadas de chuvas ao encontrarem áreas quentes e secas. O longo período seco começou a mudar no início de outubro, com o avanço das chuvas para as Regiões Sudeste e partes do Centro Oeste. As precipitações vêm se espalhando de maneira ampla em SP e MG o que já levou a abertura das floradas do café e com previsão de continuidade das chuvas pelo menos até por volta do dia 25.

As chuvas também continuam na Região Sul e alcançarão aquelas áreas que não tinham sido favorecidas pelas chuvas de setembro, caso do norte paranaense. A previsão também é positiva em todo o Centro Oeste, o que deve permitir a aceleração do plantio da safra de verão, além do MATOPIBA que também deverá começar a receber chuvas ao longo do mês.

A atenção fica para a probabilidade de 70% da formação do fenômeno La Niña durante a primavera, se estendendo até o verão 21/22, com maior risco de redução das chuvas na Região Sul.

os dados são do relatório Agro Mensal Itaú.