Revisão do USDA impulsiona preços da soja

Os estoques de soja norte-americana foram reduzidos quase pela metade, de 14,25 milhões de toneladas (MT) para 7,89 MT, de acordo com o relatório de acompanhamento mensal dos quadros de Oferta & Demanda dos Estados Unidos e mundial, divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) na última sexta-feira (09.10). A revisão ocorreu diante da forte demanda chinesa do último trimestre, e se tornou o fundamento de alta nos preços da oleaginosa no mercado.

“Já a produção da nova safra que está sendo plantada foi projetada em 122,9 MT (fator negativo para os preços), mas as exportações e o uso doméstico foram elevados, respectivamente em 31,23% e 1,72%, dando também suporte à apta dos preços para esta nova temporada, iniciada em 01 de setembro”, destaca a equipe de analistas da TF Agroeconômica.

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Ainda de acordo com a TF Agroeconômica, as projeções mundiais da soja também compreenderam uma redução de 5,38% nos estoques finais, que passaram de 93,75 MT para 88,70 MT, e “se tornaram um fator de forte alta nos preços para, pelo menos, os próximos 30 dias”. Já a produção mundial deverá aumentar em 31,97 milhões de toneladas por conta do aumento de 19,48 milhões de toneladas nos Estados Unidos e de 10,7 milhões de toneladas no Brasil, de 3,8 MT na Argentina (que atravessa forte seca).

“Importante notar o aumento da demanda chinesa para a safra 2020/21, que deverá passar de 97,40 milhões de toneladas para 100,00 milhões de toneladas pela primeira vez na história. Já a sua produção interna devera ter redução de 600 mil toneladas, sendo mais um fator de alta”, concluem os analistas.