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Revisões para baixo na safra de soja e milho na Argentina

USDA divulgou no dia 10/4 o relatório de oferta e demanda mundial de grãos


O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou no dia 10/4 o relatório de oferta e demanda mundial de grãos. A safra norte-americana de milho foi mantida em 370,96 milhões de toneladas na temporada 2017/2018. Porém, com a redução do consumo interno previsto no país (briga comercial com a China e possíveis impactos na produção de suínos, principalmente), os estoques finais previstos, que haviam diminuído no relatório de março, cresceram 2,5% nas últimas estimativas.

Os destaques do relatório ficaram por conta da Argentina. O levantamento trouxe redução na produção no país, que passou de 36 milhões de toneladas previstas em março para 33 milhões de toneladas no relatório de abril. Os números estão mais alinhados com a Bolsa de Cereais da Argentina, que estimou uma produção de 32 milhões de toneladas nesta safra. Para o Brasil, a expectativa é de redução do volume total colhido em 2017/2018, frente a 2016/2017.

O USDA estimou 92 milhões de toneladas, volume acima das 88,62 milhões de toneladas estimadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no último relatório. Com relação a soja, a situação de clima adverso na Argentina resultou na diminuição da produção de 47 milhões de toneladas estimadas em março, para 40 milhões de toneladas no relatório de abril.

Assim como para o milho, os números estão mais alinhados com os da Bolsa de Cereais da Argentina, que estima uma produção de 38 milhões de toneladas de soja no país. Com relação aos estoques finais e exportações argentinas, a expectativa é de queda de 8,4% e 38,2%, respectivamente, frente ao levantamento anterior.

No Brasil, o USDA prevê aumento da produção de soja, estimada em 115 milhões de toneladas na temporada 2017/2018, frente aos 113 milhões estimados no último levantamento. Se confirmada, a produção será recorde. O relatório também estima crescimento de 3,7% das exportações brasileiras, frente ao relatório passado. Na comparação com 2016/2017, a previsão é de que os embarques aumentem 15,8%.

A briga comercial entre China e Estados Unidos e a quebra de safra na Argentina deverão favorecer os embarques brasileiros neste ano. Por fim, a safra norte-americana 2017/2018 foi consolidada em 119,52 milhões de toneladas, frente as 116,92 milhões de toneladas colhidas anteriormente.

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