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Richa determina reforço na fiscalização para evitar risco de aftosa

Gobernador/PR quer fiscalização na faixa de fronteira


O governador Beto Richa determinou nesta terça-feira (03/01) que a Secretaria de Agricultura e Abastecimento reforce a fiscalização na faixa de fronteira e amplie a vigilância em todo o Estado para evitar entrada de gado paraguaio no Paraná em função da notificação de um novo foco de febre aftosa no Departamento de San Pedro, no país vizinho.


Richa também falou com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro. Na conversa os dois acertaram que haverá um esforço conjunto para proteger a pecuária nacional de qualquer risco de contágio. “Combinei com o ministro que tanto o Paraná quanto o governo federal vão intensificar as medidas de fiscalização e prevenção”, disse o governador.

Segundo o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, as equipes paranaenses de fiscalização sanitária vão trabalhar 24 horas nos postos de inspeção, vão montar barreiras nas principais vias de trânsito entre o Paraná, Mato Grosso do Sul, Paraguai e Argentina, fazer vigilância volante nas estradas e visitar propriedades que possam estar expostas a risco ou suspeitas.

Ortigara disse que a entrada de animais do Paraguai está proibida desde setembro, quando ocorreu o primeiro caso de aftosa em uma fazenda paraguaia. “A situação é preocupante e não vamos expor o nosso rebanho. Vamos fazer o esforço que for necessário para evitar a entrada de qualquer produto que possa representar risco ao gado paranaense. A determinação é de exercer poder de polícia em toda a faixa de fronteira”, disse o secretário Norberto Ortigara.

Ele informou que já manteve contato com autoridades sanitárias do Mato Grosso do Sul, que estão mobilizando forças policias e o Exército para reforçar a vigilância no trânsito de animais. “Tudo será feito com a maior responsabilidade e de forma integrada entre os estados e o governo federal”, destacou Ortigara.

O secretário afirmou também que o Paraná fechou há cerca de mês uma campanha de vacinação que imunizou aproximadamente 97% do rebanho. Isso, de acordo com ele, reforça a capacidade de imunização do plantel paranaense. “Mas não dá para ficar desatento. Nosso propósito é tornar o Paraná livre da aftosa, sem vacinação, até 2013”, explicou, que mantém contato com entidades do setor agropecuária.


É o segundo registro de aftosa no Paraguai em menos de seis meses. Em setembro, cerca de 820 cabeças de gado foram sacrificadas em San Pedro. Essa região fica a cerca de 230 quilômetros de Guaíra e a 130 quilômetros do Mato Grosso do Sul.

No caso atual, os números preliminares indicam são 131 animais suspeitos e 15 com contágio confirmado. Os números foram informados pelo governo paraguaio a Organização Internacional para Saúde Animal (OIE).

A Divisão de Sanidade Animal (DSA) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento está alerta para que as cargas das espécies suscetíveis (bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos) que entrem no Paraná sejam vistoriadas com prioridade. A movimentação de bovinos deverá estar devidamente registrada no cadastro da DSA.

A orientação é para que os fiscais dos Postos de Fiscalização façam a imediata comunicação às Unidades Veterinárias de destino das cargas e que estas realizem a vistoria dos animais no menor tempo possível, dando maior prioridade para as cargas de bovinos oriundas do Mato Grosso do Sul, especialmente as procedentes de municípios de fronteira com o Paraguai.

De acordo com o responsável pela Área de Febre Aftosa da secretaria, Valter Ribeirete, é preciso também convencer o produtor a manter os animais isolados por 15 dias antes de juntá-los ao rebanho ou movimentá-los para outra propriedade. “Ao receber os animais na propriedade de destino, o produtor deve comunicar à Divisão de Sanidade Animal qualquer alteração no rebanho, sobretudo relacionada à claudicação e salivação”, esclareceu.

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