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Rio Grande do Sul é exemplo no combate à Brucelose e Tuberculose

Programas ajudam a aumentar identificação das enfermidades que tiveram queda de prevalência na última década


Programas e treinamentos ajudam a aumentar identificação das enfermidades que tiveram queda de prevalência na última década 

O trabalho de controle e erradicação da Brucelose e Tuberculose no Rio Grande do Sul vem trazendo efeitos positivos para o combate destas duas enfermidades que atingem os rebanhos do Estado e causam preocupação entre criadores e autoridades sanitárias. Em uma década, conforme dados do Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, o percentual de casos detectados em relação ao número de animais testados vem diminuindo gradativamente.

No ano de 2007, de um número de 52,84 mil animais testados, foram encontrados 455 exemplares com resultado positivo, equivalente a 0,86%. Já em 2017, o número de bovinos que passaram por testes chegou a 249,5 mil animais com 1,44 mil casos positivos, o que representa 0,57%. “É um avanço, pois houve um aumento de animais no rebanho e aumentou o número de testes”, observa a presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS), Angelica Zollin. 

Para a dirigente do sindicato, o Rio Grande do Sul está em situação avançada em relação a outros Estados brasileiros. Angelica explica que os gaúchos tomaram atitudes devidas em relação ao controle com normas rígidas para saneamento dos focos e regramento do trânsito de animais contaminados com tuberculose, além do regramento de vacinação de terneiras em casos de brucelose, que pode ser prevenida com imunização. “É preciso estar atento, continuar com a investigação e os testes. Também precisamos que os veterinários atuem cada vez mais para termos a sanidade do nosso rebanho mais rapidamente”, salienta.

Uma das preocupações no entanto, é com a falta de tuberculina no Estado. Neste ano houve problema de abastecimento de medicamentos. Angelica ressalta que o Brasil tinha três laboratórios produzindo o antígeno, mas agora não tem nenhum. “Precisamos trazer do Uruguai. Não podemos parar com este programa, e perder o trabalho realizado há mais de dez anos que pode nos dar o status livre de tuberculose e brucelose”, reforça.

Instituído em 2001, o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) foi criado com o objetivo de diminuir o impacto negativo das zoonoses na saúde humana e animal e promover a competitividade da pecuária brasileira frente aos mercados internacionais. Desde 2011, o Simvet/RS aplica treinamentos com a parceria de universidades gaúchas no sentido de capacitar estes profissionais. Atualmente eles são realizados em conjunto com a Unicruz, de Cruz Alta (RS), e a Urcamp, de Alegrete (RS). Somente pelos cursos ofertados pelo sindicato, já foram formados mais de 780 profissionais que obtiveram a habilitação do PNCEBT. 

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