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Risco climático puxa demanda por seguros

Sul do país contrata seguro mesmo sem subvenção



O mercado de seguros agrícolas ainda é relativamente pequeno no Brasil. Por outro lado, a demanda vem crescendo em função dos riscos climáticos e dos aportes governamentais. Estudo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) revela que a subvenção do Executivo federal passou de R$ 50 milhões em 2005 para R$ 3,6 bilhões em 2016 com mais de R$ 3 bilhões pagos em indenizações no período e R$ 1 bilhão somente no ano passado.

Mas o diretor de agronegócio do grupo BB e Mapfre, Gláucio Toyama, destaca que apenas R$ 30 bilhões dos R$ 500 bilhões da produção agrícola estão segurados. Além disso, o Mapa liberou até Setembro deste ano apenas 400 milhões para a execução do programa de subvenção ao prêmio do seguro rural.

"O programa chegou perto do estabelecido, mas para 2018 o previsto está abaixo dos R$ 400 milhões desta safra. Temos apenas R$ 260 milhões e disposição grande para conseguir elevar esse número", disse Toyama recentemente.

Medido de outra forma, m 2016, dos 60,7 milhões de hectares de grãos cultivados, 5,6 milhões de hectares (9%) estavam protegidos por algum tipo de apólice contra riscos relacionados ao tempo e ao ambiente. "Um percentual muito pequeno", aponta o executivo. Nos Estados Unidos, de 128,8 milhões de hectares de grãos, 94,5% estão segurados.

Com as verbas limitadas do governo, muitos produtores já estão tomando a iniciativa de contratar o seguro sem as subvenções. "O Sul do país gerou mais de 1 mil pedidos de indenizações neste início de período de vendaval e granizo, e isso desperta o interesse dos produtores", relatou Toyama.

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