CI

Risco de falta de água induz ao reflorestamento no Nordeste

As usinas de açúcar e álcool da região lideram a campanha na tentativa de assegurar água para seus canaviais


As usinas de açúcar e álcool do Nordeste lideram uma campanha de reflorestamento na tentativa de assegurar água para seus canaviais. Esse movimento ganhou ênfase na metade dos anos 90 e hoje pelo menos 26 das cerca de 70 usinas da região encamparam o projeto. O reflorestamento é uma corrida contra o tempo. Menos de 2% da chamada Mata Atlântica oriental, localizada acima do rio São Francisco, ficou de pé. E praticamente tudo o que sobrou dessa floresta está dentro das propriedades dos usineiros.


A área reflorestada ocupa apenas 15 mil hectares, concentrada em Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, de um total de quase 900 mil hectares com cana plantada, diz Francisco Pinto, presidente do Instituto para Preservação da Mata Atlântica (IPMA), de Maceió. É pouco. Mas, apesar de ainda ocupar uma área pequena, os ambientalistas defendem que, neste caso, o mínimo é o máximo. "Para quem não tinha nada, é alguma coisa", afirma Pinto. "Precisaria dez vezes mais que isso para refazer as áreas de proteção permanentes, como encostas e margens de rio. O que levará mais uns 20 anos."

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.