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Rodrigues alerta que o agronegócio deve ficar atento para questão sanitária


A defesa sanitária deve ser um dos ítens de maior preocupação do governo na área do agronegócio pois este será o ponto fraco a ser explorado pela concorrência internacional, afirmou nesta terça-feira (14-12) o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues.

Ele lembrou que a ocorrência de aftosa no Amazonas há alguns meses foi capaz de desencadear reação da Rússia de retração na compra de carne no Rio Grande do Sul. Além da distância geográfica e de serem segmentos de produção diferentes, o país ainda vem arcando com os prejuízos com a suspensão da aquisição dessas carnes, apesar de já ter acontecido inspeção técnica pela Rússia que não constatou problemas com a qualidade da carne de frango no sul.

Ao falar no seminário Desenvolvimento Agropecuário e Inclusão Social, no Senado Federal, o ministro afirmou que a participação do agronegócio na balança comercial deverá envolver uma batalha sem fim, englobando o setor privado e os governos federal e estaduais, pois é o setor que responde por 35% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 30% de toda a balança comercial.

PPPs devem impulsionar o setor:

Os projetos de infra-estrutura das Parcerias Público Privadas (PPPs) estão entre as medidas de governo planejadas para apoiar e impulsionar o agronegócio, especialmente na área de recuperação da malha rodoviária, além de outros setores como o fluvial, o ferroviário e o portuário. Isso vai facilitar o escoamento da safra agrícola, avaliou Rodrigues.

O ministro defende que o agronegócio deve ser um só, envolvendo toda a cadeia produtiva, ao invés de ser separada por segmentos. "O agricultor familiar, o médio ou o grande produtor, todos compõem o agronegócio e o governo não faz diferenciações", ressaltou.

O ministro prevê que o setor sucroalcooleiro deverá ser um dos mais promissores nos próximos anos, principalmente com a entrada em vigor em 2005 da exigibilidade de cumprimento de quesitos do Protocolo de Kyoto, no que se refere aos combustíveis, para redução dos gases na atmosfera. Por isso as vendas de álcool deverão sofrer impulso e 30 novas usinas serão instaladas no país nos próximos dois anos, disse.

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