O ministro da Agricultura e do Abastecimento, Roberto Rodrigues, destacou ontem (13-05), a importância de fortalecer os programas de defesa e pesquisa agropecuária para o país, durante o Fórum de Secretários de Agricultura. Segundo ele, esses são dois programas que não podem parar um minuto porque são elementos básicos para a competitividade do Brasil.
Rodrigues lembrou aos representantes e secretários dos Estados que, sem defesa agropecuária, o Brasil perde mercados, em razão disso, explicou porque é importante não faltar recursos para as ações. No caso da pesquisa, o ministro enfatizou que é fundamental um avanço na fronteira do conhecimento técnico, para que não se perca espaço para países que investem "fortunas" no setor.
Sobre os contratos de opção do café, que irão permitir que os produtores garantam um preço mínimo pela saca do produto até o mercado externo ficar mais atrativo, o ministro reafirmou que o assunto será definido pelo Conselho Monetário Nacional em uma reunião extraordinária até amanhã (15-05). "O governo como um todo está trabalhando com números bem interessantes", disse ele sem, no entanto, adiantar valores.
O ministro foi cauteloso sobre a proposta da criação de uma agência para o setor, nos moldes do extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC). Ele disse que o assunto precisa ser bem estudado, porque "coisas estatizantes como o IBC terminam trazendo prejuízos e, no caso do IBC, a cafeicultura brasileira ficou amarrada em ações governamentais que nem sempre foram as mais adequadas para o setor privado".