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Rollemberg: Código deve fazer transição para economia verde

Senador mencionou plantio direto e integração lavoura, pecuária e silvicultura


Um Código Florestal Entenda o assunto que não cuide apenas da regularização da situação atual, mas que contribua para o país fazer uma transição rumo à economia verde, com preservação e uso sustentável da biodiversidade - essa é a expectativa do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) para o Projeto de Lei da Câmara 30/11, em tramitação no Senado.


Rollemberg mencionou como exemplo da sustentabilidade da agricultura brasileira duas tecnologias que devem ser incentivadas - o plantio direto e a integração lavoura, pecuária e silvicultura -, citadas em reportagem do Correio Braziliense de quinta-feira (9).

O plantio direto, tecnologia desenvolvida pela Embrapa, é feito diretamente na palhada dos cultivos anteriores, que fica na superfície do solo. Isso possibilita protegê-lo contra a erosão e o assoreamento.

A segunda tecnologia - a integração lavoura, pecuária e silvicultura -, conforme o senador, permite conjugar a produção com a preservação da floresta, gerando grandes benefícios tanto para o produtor como para a conservação do meio ambiente.

O parlamentar citou ainda a descoberta de uma pesquisadora brasileira, Joana Dobëreiner, de uma bactéria que capta o nitrogênio da atmosfera e o incorpora ao solo. A fixação biológica de nitrogênio - que já revolucionou a produção de soja, com mais produtividade e menos poluição do meio ambiente - poderá ser usada também no cultivo da cana-de-açúcar.


Estímulos

Todas essas tecnologias, na avaliação do parlamentar, têm colocado o Brasil em posição de destaque na sustentabilidade agrícola e precisam ser estimuladas. Ele propôs, inclusive, condições diferenciadas no crédito agrícola para os produtores que aplicam modelos preservacionistas e os que usam modelos convencionais.

Em aparte, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) sugeriu, na discussão do Código Florestal, "priorizar o ser humano, para que possamos ter pessoas nas regiões interessadas em preservar o meio ambiente e utilizá-lo adequadamente".

Também em aparte, o senador Gim Argello (PTB-DF) pediu mais calma e prazo na discussão do Código Florestal, para que o Senado não tenha o papel de apenas homologar o que o Câmara fez.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) recomendou não cair na tentação do lucro alto, com o sacrifício das gerações futuras, nem no excesso de um conservacionismo que exclua o pequeno produtor como sujeito do processo.

Cristovam disse esperar que a comissão que Rollemberg preside - a de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle - encontre um caminho a favor do Brasil, "e não do maniqueísmo" em se tornou a discussão do Código Florestal.

Na presidência da sessão, o senador Jayme Campos (DEM-MT) afirmou que mais da metade da área cultivável no país está degradada e exige recuperação para o crescimento da agricultura e da pecuária.

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