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RS: agricultores de Passo do Sobrado recebem sementes de amendoim

O amendoim é cultivado em vários municípios e estritamente atrelado à agricultura familiar


Foto: Eliza Maliszewski

Uma parceria entre a Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Embrapa e agricultores do município de Passo do Sobrado possibilitou a implantação de unidades de observação do amendoim. As famílias dos agricultores Fernando Martim, da localidade da Malhada, e João Luiz de Castro, da localidade de Campo Sobrado, receberam amostras de 11 variedades de amendoim oriundas do programa de melhoramento genético da Embrapa que visa avaliar o comportamento dessas cultivares nas diferentes regiões do Estado.

Segundo o extensionista rural agropecuário, Maikel Marlon Moraes, grande parte das propriedades rurais de Passo do Sobrado possui o cultivo do amendoim para autoconsumo das famílias, mas para comercialização ainda são poucas áreas. A partir dos resultados obtidos nas unidades de observação, a expectativa é que mais agricultores invistam no cultivo do amendoim para comercialização. "Os resultados servirão para identificar os materiais que melhor se adaptam em termos de produção local, bem como a preferência pelos agricultores. Dessa forma, esperamos contribuir com o desenvolvimento local, gerando alternativas de renda e qualificando o sistema de produção com apoio da pesquisa e extensão rural gaúcha", projeta Moraes.

Segundo o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, José Ernani Schwengber, no Rio Grande do Sul o amendoim é cultivado em vários municípios e estritamente atrelado à agricultura familiar. "A Embrapa tem dedicado, em nível nacional, muito esforço na qualificação dos sistemas de produção e nos programas de melhoramento para a cultura do amendoim. Dessa forma, observa-se que as cultivares plantadas pelos agricultores gaúchos são, em sua maioria, cultivares conhecidas como crioulas, como é o caso do amendoim paraguaio vermelho, cultivado nas regiões Norte e Noroeste do Estado", ressalta.

A preocupação com a qualidade das sementes adquiridas pelos agricultores também é observada pelo extensionista rural. "Com a identificação das melhores cultivares será possível sua recomendação, bem como a qualificação dos sistemas de produção de sementes, permitindo aos agricultores a aquisição futura de sementes de qualidade e registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento", observa Moraes.

A expectativa é que as amostras de ciclo rápido possam ser colhidas em torno de 90 dias após o plantio. Já as variedades de rasteiras, devem ser colhidas cerca de 120 dias após o plantio.

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