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RS: começa manejo de açudes e tanques para despesca na Semana Santa

Os piscicultores estão iniciando o manejo visando à despesca para comercialização durante a Semana Santa


Foto: Divulgação

Em todo o Estado, os piscicultores estão iniciando o manejo dos açudes e tanques visando à despesca para comercialização durante o período da Semana Santa. De acordo com o Informativo Conjuntural, publicado e divulgado nesta quinta-feira (07/04) pelas gerências de Planejamento e Comunicação da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), as chuvas ocorridas e a diminuição das temperaturas já amenizaram os efeitos da estiagem, mas, em algumas regiões, ainda há necessidade de maiores precipitações para restabelecer completamente os níveis dos viveiros e dos mananciais.

Na regional de Lajeado, o efeito de queda das temperaturas já está limitando o consumo de alimento pelas tilápias. Da mesma forma, na regional de Erechim, o excesso de dias nublados está influenciando, de forma negativa, no crescimento dos peixes. Na regional de Passo Fundo, os piscicultores mantêm o arraçoamento naqueles açudes com maior adoção de nível tecnológico, porém há a preocupação com a elevação dos custos de produção em virtude do aumento do preço das rações empregadas na atividade.

Pesca Artesanal

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, as chuvas recorrentes da semana causaram forte impacto no nível do rio Uruguai, que chegou a 7,60 metros de profundidade no Porto de Garruchos, mas já reduziu para 3,67 metros. Essa condição de variação do nível do rio de forma abrupta dificulta a pesca e mantém a escassez de pescado município.

Na regional de Pelotas, em Arroio Grande e Jaguarão, a Lagoa Mirim continua com volumes capturados abaixo do esperado, sendo muito escassa a captura da traíra. Essa queda na pesca prejudicará a quantidade de pescado a ser comercializado na Semana Santa. Em Pelotas, também houve queda de captura devido à mudança do sentido do vento.

GRÃOS

A colheita da soja já chega a 34% no Estado, sendo que outros 47% está em fase de maturação, 15% em enchimento de grãos e 4% ainda em floração. A sequência de chuvas ocorridas nas regiões aumentou a umidade nas lavouras, impedindo, em algumas localidades, a entrada de máquinas. A desuniformidade na maturação dos cultivos tem se mantido presente, o que tem feito os produtores adotarem o uso de dessecantes em pré-colheita para auxiliar na operação.
A colheita do milho avançou de forma mais lenta no Estado e chegou a 79%, em grande medida, devido ao aumento da umidade provocada pelas chuvas da semana, que impossibilitaram os produtores de entrar com as máquinas em muitas lavouras. Outros 11% estão em maturação, 6% em enchimento de grãos, 3% em floração e 1% em germinação e desenvolvimento vegetativo.

Os cultivos do arroz prosseguem com a colheita que já atinge 64% da área cultivada no Estado. Outros 30% estão em maturação e 6% em enchimento de grãos.

Na regional da Emater/RS Ascar de Caxias do Sul, a colheita do feijão primeira safra está em andamento nos Campos de Cima da Serra. A área colhida já chega a 60% do total em Muitos Capões, enquanto que, em Esmeralda, está apenas no início, e em Vacaria ainda não foi iniciada. Na de Pelotas, 91% dos cultivos já foi colhido. Demais áreas estão com 6% em maturação e prontas para colheita; 2%, em formação de grãos; e 1%, em floração. Em virtude da comercialização do grão nos mercados locais, os produtores da região implantam as lavouras de forma escalonada.

O tempo, na semana, mostrou-se favorável ao desenvolvimento da cultura do feijão na segunda safra. O ponto de atenção dos produtores está relacionado às quedas de temperaturas e à alta umidade do ar, que tendem a criar condições favoráveis a problemas com antracnose.

Na regional de Frederico Westphalen, avança o ciclo do feijão, com 2% dos cultivos em início de maturação. A expectativa atual de rendimento é de 1.508 quilos por hectare. Na de Ijuí, 45% da área está em enchimento de grãos. Em geral, as lavouras se mantêm com excelente desenvolvimento, beneficiadas pelo clima ameno e pelas chuvas regulares. As temperaturas baixas registradas não causaram impactos na cultura.

OLERÍCOLAS

Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, os altos volumes de chuvas da semana que passou provocaram a erosão de canteiros, o acúmulo de água nas lavouras, a compactação superficial e problemas de germinação nas áreas que foram semeadas nos dias que antecederam as chuvas. As lavouras em estádio de desenvolvimento vegetativo e colheita foram beneficiadas pelo clima mais ameno e maior umidade, não sofrendo impactos das chuvas intensas. O clima mais úmido favoreceu o transplantio das culturas cultivadas a campo, que apresentam bom pegamento de plantas. Preços se mantêm em elevação, impulsionados pela alta dos insumos e pela maior demanda e menor oferta no mercado local. Preço do tomate está com alta substancial.

FRUTÍCOLAS

Na regional de Ijuí, cultivares de citros em colheita ou em maturação apresentam frutos menores e potencial produtivo inferior ao estimado inicialmente. A cultura está com boa brotação, embora um pouco atrasada em relação ao ano anterior. Com retorno da umidade após o período de estiagem, muitos frutos apresentam rachadura da epiderme (casca). Destaca-se a baixa incidência de doenças nos pomares. Uvas de mesa sob cultivo protegido estão em final de colheita

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