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RS: irrigação e armazenagem do feijão são avaliadas em Paulo Bento

A atividade foi realizada na quarta-feira (20/04)


Foto: Pixabay

Com o objetivo de qualificar o produtor na cultura de feijão, principalmente com ações voltadas para irrigação e armazenagem, a Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), prefeitura de Paulo Bento e a Universidade Regional Integrada (URI), promoveram uma Tarde de Campo, com apoio da Sicredi e Cresol. A atividade, realizada na quarta-feira (20/04), foi sediada na propriedade de Juarez Testolin, onde estiveram reunidos produtores, extensionistas rurais a acadêmicos da URI acompanhados dos professores Amito Teixeira e Antonio Amaral.

Na sequência, o extensionista rural e engenheiro agrônomo do Escritório Municipal de Paulo Bento, Neri Montepó, apresentou os dados referentes à propriedade da família Testolin que totaliza 45 hectares divididos em duas áreas (família Juarez e Juliana, Luiz e Graciosa). A propriedade conta com silos armazenadores e instalação de energia fotovoltaica.

Na propriedade foram cultivados 10 hectares de feijão safrinha, sendo quatro hectares com irrigação e seis sem o sistema. Juarez prevê uma produção de 25 sacos por hectare. A colheita inicia no final de abril e início de maio.

O extensionista e engenheiro agrônomo Carlos Angonese, responsável pela área de armazenagem na região, juntamente com o extensionista engenheiro agrônomo, Idemar Menegat, orientou sobre a estrutura de construção dos silos, vantagens econômicas, o processo de secagem do grão e a qualidade do grão. "Não adianta plantar um produto diferenciado e armazenar fora", poderaram.

O extensionista engenheiro agrônomo Luiz Angelo Poletto destacou a importância da irrigação como uma alternativa de amenizar os efeitos da estiagem e aumentar a rentabilidade. Também observou que a região tem potencial para aumentar as áreas irrigadas. Poletto disse que a região está avaliando novas variedades de feijão, e vem aumentando a área de plantio tanto para safra como para a safrinha, apesar dos custos que vem aumentando e a preocupação com aumento dos insumos. Por isso, precisamos pensar bem e fazer lavouras com potencial produtivo e econômico.

A professora Raquel Paula Lorensi frisou que a irrigação é um conjunto de ações, desde os cuidados com o solo, o volume de água dos açudes, qualidade de sementes, entre outros fatores que precisam ser avaliados. "Irrigação não significa molhação". Segundo ela, o feijão é uma cultura sensível tanto ao excesso de frio quanto de calor e precisa uma série de cuidados. O produtor precisa saber quando e quanto irrigar. Para isso, é preciso usar um sensor para identificar, apontou. "Quanto mais calcular, mais exato a quantidade de água usar, em cada fase do desenvolvimento do feijão, melhor", garantiu.

De acordo com Raquel, o feijão precisa de 300mm a 500mm de água em todo o ciclo, observando a necessidade de cada fase da cultura. "Bem menos que a cultura da soja que precisa 450mm a 800 mm", comparou.

No final, os participantes assistiram uma demonstração com uso de drone na pulverização com o uso de água para não prejudicar a lavoura. A demonstração do equipamento foi feita por Rodrigo Husadel, da empresa Sagris, de Barão de Cotegipe.

Abertura

O prefeito Gabriel Jevinski agradeceu à Instituição e as parceiras Sicredi, Cresol e URI, além dos produtores na realização desta atividade. E observou que é hora de vencer as dificuldades impostas pela pandemia e pela recente seca. "A agricultura é a base econômica do município", disse ao destacar a importância da agricultura. "Atividades como esta ajudam a melhorar em tecnologia que proporcionará ganho para o produtor", avaliou o prefeito.

Tonello agradeceu à família e as parcerias. Ele destacou a importância da irrigação e armazenagem para a pequena propriedade, sendo duas importantes ações de assistência técnica e extensão rural realizada pela Emater/RS-Ascar. Também ressaltou o crescimento da área de plantio da cultura de feijão na região do Alto Uruguai. Tonello agradeceu a participação de todos e a equipe do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Paulo Bento integrada pelos extensionistas Neri Montepó, Idemar Menegat e Maricruz Montemezzo.

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