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RS: perda de produtividade no milho é 53%

Colheita do grão avançou para 54% da área total


Foto: Marcel Oliveira

Com a manutenção de condições ambientais mais favoráveis na metade Leste do Estado, as lavouras de milho semeadas mais recentemente, apresentaram um bom estabelecimento inicial e desenvolvimento mais uniforme. Nas lavouras implantadas até a metade do período indicado no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), avançou a colheita, alcançando 54% da área total cultivada. A perda de produtividade, nesses primeiros cultivos, é bastante elevada e consolida a redução de 53% em relação a projetada inicialmente. Os dados foram divulgados pela Emater/RS.

Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Rio Grande do Sul, o preço médio da saca de milho passou de R$ 94,93 para R$ 94,03, decrescendo -0,95%.

Veja o desempenho por regiões:

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, as lavouras em fase de enchimento dos grãos e maturação, tem tendência de perdas ainda mais significativas no potencial produtivo, considerando o baixo volume de chuvas registadas no período e as previsões de tempo seco, para as próximas semanas. A colheita avançou e os rendimentos confirmam as estimativas de perdas decorrentes da estiagem iniciada na primavera. Em São Borja, a produtividade nas lavouras irrigadas varia de 120 a 130 sacos por hectare e é três vezes superior as não irrigadas, que rendem apenas 40 sacos por hectare. 

Na Campanha, em Hulha Negra a colheita de lavouras de híbridos hiper precoces, com irrigação e alto uso de insumos, atingiu 220 sacos por hectare. Em Dom Pedrito, lavouras irrigadas superam o rendimento de 160 sacos, com retorno econômico superando ao alcançado com arroz irrigado. Em Candiota e Aceguá, as lavouras de milho implantadas em janeiro apresentam bom estande e desenvolvimento inicial satisfatório e as condições para aplicação de herbicidas foram adequadas. As temperaturas noturnas reduzidas foram excelentes tanto para as lavouras em fase vegetativa quanto para as lavouras em fase reprodutiva. Nessa região, constatou-se a presença de cigarrinha (Dalbulus maidis) em nível de dano econômico, sendo realizado controle nas lavouras estabelecidas na segunda quinzena do mês de janeiro.

Na de Caxias do Sul, as lavouras semeadas no início da recomendação do ZARC, em setembro, estão em colheita apresentando rendimento muito variável, entre 20 e 100 sacos por hectare. A tendência é diminuir ainda mais para cultivos implantados em outubro. 

Na de Erechim, 45% das lavouras foram colhidas. A produtividade inicial esperada era de 150 sacos por hectare e a obtida 60 sacos. As perdas são de 60%, materializando os efeitos da falta de água durante o ciclo da cultura. 

Na área administrativa de Ijuí, a baixa umidade do ar tem contribuído para acelerar a perda de umidade dos grãos do cereal facilitando a colheita e secagem. Produtores que possuem silos secadores a ventilação natural foram favorecidos pelo menor tempo dispensado para secagem dos grãos. As lavouras semeadas em janeiro, período final do ZARC, apresentam desenvolvimento lento, mas com folhas verdes e sem expressar sinais de déficit hídrico. No aspecto fitossanitário segue alta incidência de cigarrinhas. 

Na regional de Pelotas, apenas 9% da área cultivada foi colhida. As áreas de milho no estágio de floração, que representam 34% do cultivo, foram novamente beneficiadas com as precipitações, embora persista e expectativa de redução na produtividade. Mesmo com a situação decorrentes da estiagem, as lavouras estão com bom estande de plantas, limpas e sem a presença significativa de pragas e doenças. 

Na de Porto Alegre, as lavouras nas fases de desenvolvimento vegetativo, florescimento e enchimento de grãos, são 70% da área cultivada e apresentaram recuperação com o retorno das chuvas e temperaturas mais amenas. 

Na de Santa Rosa, 87% das lavouras foram colhidas. A produtividade média inicial era pouco superior a 140 sacos por hectare, considerando a média entre lavouras irrigadas e de sequeiro. A obtida é de 77 sacos, representando 47% de redução. As lavouras semeadas recentemente representam 11% dos cultivos e estão em desenvolvimento vegetativo. Parte das lavouras, onde se repete a falta de umidade, apresentou problemas de falhas na germinação e emergência, diminuindo a população ideal de plantas e afetando o potencial produtivo. Nas áreas com maiores problemas, é possível que os agricultores optem por eliminar o cultivo e implantar outras alternativas, como aveia branca. 

Na de Soledade, avançou para 40% a colheita em lavouras implantadas entre agosto e setembro. A produtividade varia conforme a tecnologia utilizada e o maior ou menor incidência de chuvas ao longo do ciclo. No Alto da Serra do Botucaraí, a baixa produção não compensou a colheita e noutra parte do cultivo obteve-se produtividade de 35 sacos por hectare. 

No Centro Serra a produtividade obtida é de 40 sacos por hectare e no Vale do Rio Pardo, o índice atual é próximo a 75 sacos. Em Unidades de Referencia Tecnológica 

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