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RS busca autossuficiência em milho

Programa foi lançado na manhã de hoje e busca incentivar a produção do cereal no Estado


Foto: Eliza Maliszewski

De acordo com o quarto levantamento da Conab, divulgado em janeiro, houve crescimento de 1,1% na área semeada do milho primeira safra no Brasil, totalizando 4,14 milhões de hectares, e produção estimada em 26,6 milhões de toneladas, 3,8% superior a 2018/19. No Rio Grande do Sul o cenário é outro. Com a estiagem a Fecoagro estima perdas de até 30%, afetando lavouras de produção de grãos e silagem.

O cereal representa 10% do PIB gaúcho e é fundamental para a sustentação de cadeias como aves, suínos e bovinocultura de leite.  Atualmente há um déficit de 1,5 milhão de toneladas de milho que precisam ser importado de outros Estados, elevando os custos de produção.  

Para incentivar a produção, com meta de chegar a autossuficiência, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), lançou, nesta manhã, o Programa Pró-Milho RS. O anúncio foi feito pelo governador,  Eduardo Leite, durante  a 9ª Abertura da Colheita do Milho, em Chiapetta. “Neste momento em que celebramos a colheita nós questionamos se há o que celebrar se teremos perdas na safra. Estamos aqui fortes e vivos e trabalhando. Queremos fazer este programa consistente para que possamos produzir mais e melhor. Temos a certeza que no ano que vem vamos celebrar os resultados do Pró-Milho”, ressaltou Leite. O programa já foi publicado do Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira. 

O assunto vinha sendo discutido desde o ano passado na Câmara Setorial do Milho, que criou grupos de trabalho para analisar questões como produção, qualidade e crédito e comercialização. Foram discutidas diretrizes, metas e estratégias para o programa. “O Pró-Milho RS foi construído com a participação de entidades representativas, produtores, cooperativas, cerealistas, integradoras de aves e suínos, além das entidades de pesquisa, ensino e assistência técnica como a Emater, conveniada da Seapdr”, explica o secretário da Agricultura, Covatti Filho.

Para o diretor executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Eduardo Santos, o programa pode ajudar nos custos de produção da cadeia. “Acredito que este programa será algo inédito, pois o desenvolvimento do mesmo foi compartilhado com os setores interessados e poder público, e, ainda tivemos a felicidade de indicar o nome do programa o qual foi aceito na Câmara Setorial.” 

O Pró-Milho RS está focado em três eixos: produção, qualidade e crédito e comercialização. Confira as metas de cada item:

- produção: intensificar a assistência técnica aos produtores, ter maior eficácia tecnológica na produção, ampliar a área irrigada de milho, pesquisar variedades mais adaptadas a cada região e aumentar a produtividade em regiões de menores resultados por área foram os destaques.

- qualidade: ampliar o número de secadores de grãos, modernizar os procedimentos de recebimento, limpeza e secagem e ampliar a capacidade estática de armazenamento no Estado.

- crédito e comercialização: ampliar comercializações antecipadas e a utilização de mecanismos de travamento de preços, como contrato a termo, mercado futuro e contrato de opções; agilizar as contratações dos financiamentos de custeio e investimento; e buscar parcerias com agentes financeiros e bancos de fábrica para financiamentos de equipamentos de irrigação, secadores e armazéns.

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