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RS deixa de colher soja com perdas extremas

Houve o avanço da colheita para 19% da área cultivada


Foto: Eliza Maliszewski

O Rio Grande do Sul avançou na colheita de soja para 19% da área cultivada, conforme dados do Informativo Conjuntural da Emater/RS. A operação foi interrompida, em parte do Estado, no dia 23/03, com ocorrência de um alto volume de chuvas, sendo retomada somente após o dia 26/03.

As lavouras com perdas extremas não foram colhidas e foram destinadas a pastejo ou à produção de feno para alimentação animal. Persistiram os problemas associados à má uniformidade na maturação, devido à coexistência de plantas secas e outras verdes, estas contendo legumes secos e também verdes. Frequentemente foi necessária a dessecação com herbicidas específicos para poder realizar o corte.

A produtividade obtida ainda é muito baixa, condicionada pela intensidade da estiagem. Contudo, há uma tendência desta se elevar à medida que a operação incluir cultivares mais tardias ou lavouras estabelecidas a partir de dezembro. As lavouras em maturação representam 45% do cultivo, e produtores aguardam agora que a ocorrência de chuvas não prejudique o final da safra, já alterada pela estiagem.

No aspecto fitossanitário, persiste o monitoramento da ocorrência de insetos-praga e doenças, preferencialmente em lavouras que apresentam potencial produtivo satisfatório e que ainda delonguem ao menos 20 dias para iniciar o processo de maturação. As pulverizações com fungicidas e inseticidas foram dificultadas no período, por ventos fortes constantes, na metade Sul, e chuvas na Norte. As infestações de lagartas estão menos expressivas, denotando provável relação com a queda nas temperaturas ou pela eficiência no controle de focos, efetuado com inseticidas específicos. De maneira geral, a sanidade das plantas ainda é satisfatória, com baixa incidência de doenças de final de ciclo e oídio.

A ocorrência de esporos da ferrugem asiática da soja continua seu processo de elevação, nesta semana de monitoramento se identificou grande número de esporos em quase todo o território gaúcho, assim recomenda-se cuidados redobrados, principalmente nas áreas com semeadura tardia, estas mais propensas a ocorrência da doença em função da presença de esporos e de condições climáticas favoráveis.

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