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RS deve produzir 5,5 milhões de toneladas de milho

O levantamento indica uma produtividade média para o Estado de 3.980 kg/ha


A cultura do milho chega, nesta semana, com 96% de sua área já semeada no Rio Grande do Sul. Apesar de não ter sido concluído o processo de plantio, o Estado começa a intensificar a partir de agora, a colheita. Segundo o Acompanhamento sobre a Situação das Culturas, o percentual atinge os 5%, ficando um ponto percentual à frente da safra passada e em dois à frente da média dos últimos cinco anos.

De agora em diante, a colheita deverá se intensificar, pois 10% já se encontram maduros e deverão ser retirados das lavouras brevemente. Os restantes 4% a serem plantados se restringem a pequenas áreas e deverão ser concluídos em breve, uma vez que o período permitido pelo zoneamento agroclimático se encerra em 20 de janeiro para algumas regiões muito específicas para a cultura do milho. Normalmente são zonas onde, após a colheita do fumo e, as vezes, do feijão, o milho é plantado visando a subsistência da família ou a produção de silagem para a suplementação animal.

O clima observado até o momento vem beneficiando o desenvolvimento das lavouras, com a umidade do solo sendo mantida em níveis satisfatórios. Apesar de serem informados casos de solicitação de Proagro (seguro) por parte de poucos produtores que enfrentaram problemas de estiagens localizadas, devido às chuvas irregulares, o quadro da cultura nesta safra é considerado bom, com uma boa quantidade de lavouras apresentando excelente potencial produtivo. Dado o percentual expressivo de lavouras em fase final de enchimento de grãos (maturação fisiológica) e maduras por colher (45%), além de 25% em floração, sem enfrentar problemas mais severos quanto à falta de umidade, é possível estimar que a atual safra de milho está bem encaminhada em termos de produção.

As informações obtidas no Levantamento sobre a Situação das Culturas, referente a dezembro, e analisadas recentemente, indicam uma produtividade média para o Estado de 3.980 kg/ha, projetando uma produção total de 5,556 milhões de toneladas em uma área plantada de 1,396 milhão de hectares. É bem possível que esta média se modifique nos próximos levantamentos, uma vez que ainda restam cerca de 30% do total da área prevista que deverá ter seu rendimento fortemente influenciado pelo clima de fevereiro, pois ainda se encontram em germinação e desenvolvimento vegetativo.

Entretanto, mesmo que esses 30% restantes não alcancem um rendimento tão alto quanto os primeiros 70%, o rendimento final não deverá ser muito abaixo do estimado atualmente, configurando a safra de 2007 como uma das melhores dos últimos anos, mesmo com algumas perdas pontuais por problemas de estiagem. Caso se confirme os atuais números, esta safra será 22,63% maior que a de 2006 quando foram colhidas 4,530 milhões de toneladas. A pesquisa levou em consideração as informações de 337 municípios, cobrindo 85% da área plantada nesta safra.

Na comercialização, os produtores começam a ficar também mais esperançosos quanto à realização de uma boa safra em termos de preços. Durante a semana, a saca de 60 kg foi cotada a um preço médio de R$ 17,15 contra os R$ 16,86 da semana passada, um aumento de 1,72%. Apesar das constantes valorizações observadas nas últimas semanas, fazendo com que a saca feche o ano com 6,26% de aumento, os atuais preços ainda continuam defasados em relação aos preços históricos (corrigidos pelo IGP-DI), 9,16% na média para janeiro. As informações são da assessoria de imprensa da Emater/RS.

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