RS discute vigilância com retirada de vacina
O objetivo foi discutir as medidas adotadas para manter o status
O Rio Grande do Sul não vacina mais o rebanho bovino e bubalino contra febre aftosa desde o último ciclo, entre abril e maio. Com isso o estado busca evoluir de status sanitário, junto com outros estados, junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Para manter o estado livre da doença sem vacinação o papel da vigilância é tido como fundamental. O assunto foi discutido nesta quinta-feira (3) no Fórum Estadual de Vigilância contra a Febre Aftosa. O objetivo foi avaliar as medidas adotadas para manter o status.
Como medida para reforçar a vigilância a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) realizou 40 fóruns e seminários regionais junto aos produtores com esclarecimentos e informações, além da reestruturação da defesa agropecuária no Estado, com contratação de 150 auxiliares administrativos para as inspetorias e escritórios locais e aquisição de 100 novos veículos.
Paralelo a isso o Programa Sentinela, desenvolvido em parceria com o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) já percorreu mais de 16 mil km com ações de fiscalização e educação sanitária nas fronteiras. Também foram criados canais de comunicação para que o produtor possa entrar em contato em caso de qualquer suspeita da doença, permitindo ações rápidas de controle.
As ações para a busca do status sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação fazem parte de um plano estratégico maior, traçado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que prevê a conquista deste status em todo o Brasil até 2026.
A retirada da vacinação propiciará abertura de mercados internacionais para a carne suína produzida no Rio Grande do Sul. China (carne com osso), Japão, EUA e Coreia do Sul são os maiores importadores mundiais de carne suína a exigirem status de livre de febre aftosa sem vacinação.